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Ucrânia: Marcelo defende que diálogo deve seguir sem escalada de tensão

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que o diálogo entre a NATO e a Federação Russa sobre a Ucrânia deve prosseguir, embora ressalvando que "há pontos que são inegociáveis", sem escalada de tensão.

Ucrânia: Marcelo defende que diálogo deve seguir sem escalada de tensão
Notícias ao Minuto

19:59 - 12/01/22 por Lusa

País Ucrânia

Após discursar numa conferência sobre regionalização, no Cinema São Jorge, em Lisboa, questionado pelos jornalistas sobre as declarações do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de que "há um sério risco de um novo conflito armado na Europa", o chefe de Estado respondeu que a posição de Portugal sobre esta matéria já foi transmitida pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e que é também a sua.

"Só temos uma política externa", salientou. "Nós entendemos que não faz sentido qualquer escalada que corresponda a uma tensão acrescida", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo que "o diálogo em curso, que envolve os Estados Unidos da América, os europeus aliados dos norte-americanos no quadro da NATO e, do outro lado, a Federação Russa, deve prosseguir".

O Presidente da República referiu que "já foi explicado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Sul (NATO), mas já tinha sido pelo Presidente norte-americano e por vários dirigentes europeus, que o diálogo tem pistas importantes para prosseguir, mas não em questões fundamentais, relativamente às quais a posição da NATO é conhecida e não está disponível para mudar".

"Do que se trata, como em todos os diálogos, é que há pontos que são inegociáveis e há outros pontos importantes e úteis para o desanuviamento, que esses podem ser faláveis", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que o diálogo "é bom para a estabilização em termos não só europeus, mas globais, mas é bom também para a própria realidade económica e social" e que um agravamento da tensão "não é bom para os mercados em geral, não é bom para os investidores, não é bom para o crescimento económico ainda numa situação pandémica em muitos países".

"É um fator de ruído que em si mesmo se deve ultrapassar, mas que tem um preço económico e social que nós bem conhecemos", reforçou.

Hoje realizou-se uma reunião do Conselho NATO/Rússia, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas. Este fórum de cooperação criado em 2002 não realizava uma reunião formal desde 2019.

A Ucrânia e a NATO denunciaram nos últimos meses a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se do prelúdio de uma invasão.

A Rússia rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras e exige qualquer futuro alargamento da Aliança Atlântica e o fim das manobras militares ocidentais perto das suas fronteiras.

Leia Também: Ucrânia. EUA afirmam que Rússia não esclareceu se retira tropas

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