Pessoas vacinadas têm risco de morte 3 a 6 vezes menor
Conclusão é do Relatório das 'Linhas Vermelhas', que diz ainda que, em novembro, a população com mais de 80 anos com a dose de reforço apresentou um risco de morte 6 vezes inferior a quem tinha apenas o esquema de vacinação primário e 18 vezes inferior aos não vacinados.
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País Covid-19
As pessoas com o esquema vacinal completo tiveram um risco de morte 3 a 6 vezes menor do que as não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em dezembro, revela o Relatório das 'Linhas Vermelhas', divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
"Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por COVID-19 quase para seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo", acrescenta o documento.
Nessa faixa etária, o risco de morte chega a ser 18 vezes menor em relação aos não vacinados ou vacinados com apenas uma dose.
Segundo as "linhas vermelhas" da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em dezembro, ocorreram 171 óbitos (46%) em pessoas com esquema vacinal completo, 32 (9%) em pessoas com dose de reforço e 168 (45%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.
Quanto ao risco de internamento, a DGS e o INSA concluem, a partir dos dados de novembro, que ele parece diminuir para cerca de metade na população com dose de reforço, em comparação com quem tem apenas o esquema vacinal primário.
Ainda assim, as pessoas com o esquema vacinal completo "parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados".
Segundo o relatório, a incidência a 14 dias foi de 4.036 casos por 100 mil habitantes, "com tendência fortemente crescente a nível nacional e em todas as regiões".
Já o Rt é igual ou superior a 1 com "tendência crescente" a nível nacional. A região Norte foi aquela em que se registou o valor mais elevado (1,23).
Quanto ao número de infetados em unidades de cuidados intensivos, apresenta uma "tendência estável", correspondendo a 64% (na semana anterior foi de 62%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
Ainda assim, o relatório conclui que "dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a provável menor gravidade da variante Ómicron, é expectável um aumento de pressão sobre todo o sistema de saúde e na mortalidade". Assim sendo, DGS e INSA recomendam "a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço".
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