Rui Moreira comentou, esta sexta-feira, a sua absolvição no Caso Selminho. O autarca da Câmara Municipal do Porto estava acusado de prevaricação, por alegadamente favorecer a imobiliária da família da qual era sócio, a Selminho, em prejuízo do município do Porto.
Em conferência de imprensa, o político sublinhou que "hoje fez-se justiça" e agradeceu ao Tribunal de São João Novo por ter "cumprido a sua nobre missão". "Para além da absolvição, foi reparada a minha honra e desfeita qualquer dúvida que, por ventura, ainda existisse", considerou.
Rui Moreira confessou que as acusações perpetuadas contra si, que considera "não terem qualquer fundamento", lhe causaram "muito sofrimento". "Não consigo esconder que sofri muito, sofri eu, sofreu a minha família. Sofreram os meus amigos. Sofreram muitos portuenses, que insistentemente se dirigiam a mim sempre com palavras de apoio e de força", afirmou, acrescentando que recebeu também apoio de aliados e de adversários políticos.
Para si, as acusações "sempre foram um insulto" e uma "enorme infâmia".
No discurso, Rui Moreira frisou que, "mesmo sem sentença", foi "insistentemente condenado na praça pública" e deixou críticas à política: "Houve quem se abespinhasse por a campanha eleitoral não se ter concentrado, apenas, nesta suspeita. Houve partidos políticos, e um líder político em particular, que não respeitaram a presunção de inocência", atirou.
Respondendo a questões dos jornalistas, o autarca foi mais longe e afirmou que este foi "um caso político". “O processo foi sempre político. Não estou a dizer que na sua origem fosse político, mas o processo transformou-se sempre num processo político (...). Já não tenho idade nem para acreditar no Pai Natal, nem em acasos", atirou.
[Notícia atualizada às 18h37]
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