"Já demos indicações à divisão de Ambiente para atenuar o nível de rega, não fechamos a rega, mas regulamos os intervalos de rega para diminuir os consumos de água", explicou o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, no final da reunião do executivo municipal.
O autarca socialista explicou que não vai, para já, "mais longe" nesta matéria, estando a aguardar o plano de ação da AMP com as medidas a tomar, porque a situação exige uma "ação conjunta e articulada".
Esta situação pede medidas duradouras e não avulsas, considerou.
O socialista entendeu que é necessário mudar os hábitos e as formas de atuação de forma estrutural para não se andar com "medidas paliativas" de cada vez que chove menos.
O documento da AMP com as medidas a implementar deverá estar pronto nas próximas duas semanas, sublinhou.
"Eu acho que isto é um problema que não é para ninguém se exibir, não é para ninguém mostrar que encerra mais torneiras", frisou.
Para Eduardo Vítor Rodrigues, o país atravessa uma "verdadeira alteração estrutural", sendo necessárias medidas duradouras e não pontuais que "não acrescentam nada".
Mais de metade do território de Portugal continental (57,7%) estava no final de dezembro em situação de seca fraca, tendo-se registado uma ligeira diminuição na classe de seca severa e um aumento na seca moderada, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Conforme anunciado pelo Governo no dia 01, devido à seca em Portugal continental, há limites à produção de energia em várias barragens: Alto Lindoso/Touvedo, Vilar - Tabuaço, Alto Rabagão, Cabril e Castelo de Bode.
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