"Graças ao trabalho das suas investigadoras, a UTAD tem sido um agente ativo na mitigação da pandemia", referiu em comunicado a academia localizada em Vila Real.
O trabalho científico no Centro de Testagem Covid-19 da UTAD está nas mãos de uma equipa de 10 mulheres e ali, desde a sua entrada em funcionamento a 04 de maio de 2020, já foram analisados mais de 70 mil testes PCR.
A universidade referiu que Maria Filomena Adega, Paula Martins-Lopes e Raquel Chaves, professoras da área da genética, têm sido "as traves-mestras" do centro de testagem e destacou que "desde o primeiro momento que estas mulheres se voluntariaram para ajudar a combater o vírus que, em 2020, paralisou o mundo".
A academia contou ainda que, em pleno confinamento, as investigadoras entraram em contacto com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e conseguiram estabelecer o primeiro protocolo para fazerem as análises na UTAD.
Em apenas um dia, chegaram a analisar 500 amostras e o trabalho científico "condicionou as suas vidas pessoais e familiares", tendo, "durante mais de um ano, abdicado das suas férias".
Foi entretanto feito mais investimento no equipamento laboratorial que permitiu aumentar a eficácia e a celeridade do processo de análise.
Por exemplo, no início eram analisadas 94 amostras em seis horas, enquanto agora o mesmo número de amostras é analisado em menos de duas horas.
No Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, a UTAD vai ainda apresentar o 'Cdots Biosensing COVID19', um biossensor (teste) distinguido com o prémio Manuel António da Mota e cujo processo de certificação europeia está a ser ultimado.
Este dia celebra-se anualmente a 11 de fevereiro e destaca o papel importante que as mulheres têm na produção de conhecimento científico.
A covid-19 provocou pelo menos 5.761.646 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.354 pessoas e foram contabilizados 2.997.770 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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