"Não há quaisquer indícios que ponham hoje em causa a segurança de todos"
Luís Carriço, diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, considerou que "cancelar exames seria uma enorme imprudência".
© Gerardo Santos/Global Imagens
País Atentado
Luís Carriço, o diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde um jovem de 18 anos estava a planear, para hoje, levar a cabo um atentado terrorista fez, ao final desta manhã, uma declaração aos jornalistas onde referiu que o estabelecimento "tem inteira confiança nas autoridades que fizeram um trabalho extraordinário".
"A segurança dos alunos e funcionários nunca esteve em causa" e, de acordo com os dados que existem, "não há quaisquer indícios que ponham hoje em causa a segurança de todos nesta comunidade, antes pelo contrário", acrescentou.
Assim, garantiu o responsável, "devemos, com serenidade, continuar a efetuar todas as atividades que se exigem a uma escola de qualidade".
E deixou ainda uma mensagem de "tranquilidade" aos docentes, alunos e funcionários: "Muitos de nós, a começar pelos nossos alunos, trabalharam arduamente para os exames que hoje se estão a realizar. Cancelar exames seria uma enorme imprudência".
"Estaremos atentos a todos, alunos, docentes e funcionários, bem como à afluência aos exames, às taxas de sucesso, e temos uma equipa de apoio psicológico, agora reforçada, [...] que está disponível para todas as solicitações que nos venham a ser feitas", asseverou Luís Carriço.
A mensagem terminou com o diretor a garantir que "a vida em Ciências continua e continuará em normalidade, porque não há quaisquer indícios para que assim não seja".
Recorde-se que o jovem suspeito, João, chegou esta manhã, cerca das 9 horas, ao Campus da Justiça, em Lisboa, para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial. Foi ontem detido pela Polícia Judiciária (PJ), que diz ter impedido assim uma "ação terrorista" e ter apreendido várias armas proibidas.
A operação, executada através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), envolveu buscas domiciliárias, nas quais foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".
"Para além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear", indica o documento da PJ a que o Notícias ao Minuto teve acesso. Tratar-se-ia de um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo.
O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo.
[Notícia atualizada às 12h02]
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