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Ministro defende que universidades são "seguras" e pede "solidariedade"

Manuel Heitor lembra que Portugal tem instituições de ensino "seguras" e afirma que as ameaças devem ser respondidas com solidariedade e não com mais policiamento.

Ministro defende que universidades são "seguras" e pede "solidariedade"

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, reagiu esta sexta-feira ao ataque travado pela Polícia Judiciária à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, o ministro fez, a todos os “estudantes e líderes estudantis”, um “apelo à solidariedade entre os estudantes” e lembrou que Portugal tem “instituições académicas seguras” e que vivemos numa sociedade onde um atentado seria “inédito”.

“Vivemos num paradoxo de desenvolvimento, onde cada vez temos mais conhecimento e ciência, mas também temos mais ameaças à nossa segurança pessoal e coletiva”, considerou.

Sobre a possibilidade de reforçar a segurança nas instituições de ensino, Manuel Heitor reitera o “apelo à solidariedade” entre as pessoas e as instituições porque “a nossa segurança individual não pode comprometer a segurança coletiva”. 

“As ameaças que temos à segurança tem de ser um esforço solidário de todas as instituições. Isto não se combate apenas com mais policiamento”, considerou, destacando a “prevenção” da Polícia Judiciária. 

Apesar de ser “um caso inédito em Portugal”, as ameaças têm aumentando no mundo e nos países desenvolvidos “nos últimos 20 anos” e tal “não pode fazer com que deixemos de frequentar as instituições”. 

“Temos instituições e cidades seguras, mas obviamente é um alerta. É mais um alerta ao esforço coletivo de solidariedade. Todos juntos temos de efetivamente garantir mais segurança”, frisou.

O ministro destaca uma vez mais “a importância da solidariedade” entre as pessoas e lembra que “vivemos numa sociedade com ameaças na saúde mental, com ansiedade entre jovens e adultos”. 

“Este é um caso é mais um caso que nos deve alertar para um movimento de solidariedade comum, mas nunca para nos fecharmos mais. Não é ao fechar, não é com mais policiamento que resolvemos estas situações. É com mais abertura, com mais solidariedade e sobretudo com compreensão pelo próximo”, frisou.

Questionado sobre se estava a par do caso, o ministro diz que “foi totalmente surpreendido”, tal como fora há 20 anos no atentado no 11 de setembro ou há três anos num caso semelhante na Noruega.

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