"Com intuito de ludibriar as autoridades na origem, em Bissau, fez-se passar por familiar das duas vítimas, uma mulher e uma menor de quatro anos, socorrendo-se, para o efeito, de documentação genuína aquando do embarque", referiu o SEF, em comunicado.
No Aeroporto de Lisboa, o suspeito apresentou-se sozinho no controlo documental de chegadas. As vítimas foram localizadas antes da passagem da fronteira, sem qualquer documento de viagem na sua posse.
Questionadas sobre os documentos de viagem, informaram os Inspetores do SEF terem sido "auxiliadas por um individuo que as deixou na situação de indocumentadas".
O SEF desenvolveu diligências que permitiram intercetar o suspeito, que se encontrava na posse da documentação utilizada, assim como da documentação genuína das cidadãs.
Foram ainda apreendidos documentos de viagem e cartões de embarque, um envelope contendo cerca de 3.000 euros e dois telemóveis conotados com a prática do crime.
Presente a primeiro interrogatório judicial, o homem ficou sujeito a apresentações periódicas semanais, com a proibição de se ausentar do país e de contactar as vítimas.
A mulher e a menor solicitaram proteção internacional ao Estado português, encontrando-se agora à guarda do Conselho Português para os Refugiados, de acordo com a mesma fonte.
O SEF investigará a eventual prática do crime de tráfico de pessoas.
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