Linhagem BA.2 já representa metade dos casos de Covid-19 em Portugal
A mortalidade por Covid-19 apresenta uma tendência decrescente, segundo a análise de risco da pandemia.
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País Covid-19
A linhagem BA.2 da variante Ómicron está a tornar-se dominante em Portugal, "estimando-se uma frequência relativa de 50,8%", de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA).
"A linhagem BA.1 da variante Ómicron regista uma frequência relativa estimada de 49,2% à data de 24 de fevereiro de 2022, com tendência decrescente. Em contraciclo, a linhagem BA.2 da variante Ómicron está a tornar-se dominante, estimando-se uma frequência relativa de 50,8% à data de 24 de fevereiro de 2022", lê-se no documento.
O relatório da Monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19 mostra que a mortalidade registou um valor de 52,0 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, "o que corresponde a uma diminuição de 13% relativamente ao último relatório" e revela "uma tendência decrescente do impacto da pandemia na mortalidade".
De acordo com a DGS e o INSA, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 1.996 casos por 100.000 habitantes, "indicando uma intensidade muito elevada, mas com tendência decrescente". Essa tendência verifica-se, aliás, em todas as regiões.
Por faixas etárias, é o grupo das crianças e jovens dos 10 aos 19 anos que apresenta uma incidência cumulativa mais elevada: 3.517 casos por 100.000 habitantes.
Quanto ao Rt, foi de 0,73 a nível nacional e 0,71 no continente no período de 16 a 20 de fevereiro. Assim sendo, este valor permanece abaixo de 1 em todas as regiões, "o que indica uma tendência decrescente da incidência de infeção por SARS-CoV-2".
Segundo o relatório, havia 106 doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) nos hospitais portugueses a 23 de fevereiro.
"Este valor corresponde a 42% (na semana anterior foi 52%) do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas.O número de doentes internados em UCI mantém uma tendência decrescente (-20% em relação aos setedias anteriores)", indicam as autoridades, que acrescentam que "a região do Norte é aquela que apresenta maior ocupação em UCI".
A maior parte dos casos em UCI são doentes dos 60 aos 79 anos, no qual "se observa uma tendência decrescente na última semana".
Quanto à vacinação, os dados da última semana revelam que o risco de internamento é duas a sete vezes menor em cidadãos com o esquema vacinal completo do que nos não vacinados.
"Os cidadãos com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte duas a seis vezes menor do que os não vacinados, entre o total de infetados em janeiro. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por Covid-19 em quase quatro vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo", acrescenta o relatório.
Relatório de 25 de fevereiro com estimativas da curva epidémica da infeção por SARS-CoV-2 por data de início de sintomas e estimativas dos parâmetros de transmissibilidade.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) February 25, 2022
Consulte o relatório ️ https://t.co/SCn5D3yNE4#Rt #COVID19PT #INSA #InstitutoRicardoJorge #SNS #Saúde pic.twitter.com/DljOIrrARD
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