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Misericórdias. Trabalhadores manifestam-se e pedem melhores salários

Cerca de 200 trabalhadores das misericórdias manifestaram-se hoje, frente à sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, para reivindicar aumentos salariais e melhores condições de trabalho, salientando que há pessoas que recebem o mesmo ordenado há 40 anos.

Misericórdias. Trabalhadores manifestam-se e pedem melhores salários
Notícias ao Minuto

18:41 - 04/03/22 por Lusa

País União das Misericórdias

A concentração foi marcada para as 15:00, no Campo Pequeno, mas o caminho fez-se pouco depois em direção à sede da União das Misericórdias, a poucos metros de distância, para, de forma bastante audível, deixarem claras as reivindicações que uniam as cerca de 200 pessoas.

Maria Helena Saraiva, funcionária da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, técnica de farmácia numa Unidade de Cuidados Continuados, contou à Lusa que há quem esteja "há 40 anos a ganhar o ordenado mínimo".

"Não temos diuturnidades, não temos tempo de serviço, estamos com os ordenados parados desde dois mil e qualquer coisa. Queríamos que o tempo de serviço fosse contado, algumas ainda estão a trabalhar 40 horas tanto nas unidades, como nas creches, como no apoio domiciliário, como amas", denunciou.

Segundo esta trabalhadora, hoje "foi um dia histórico para a Santa Casa de Ílhavo" porque, "pela primeira vez", houve unidades fechadas, entre creches e outros serviços, em sequência da adesão à greve decretada para o dia de hoje.

Segundo a dirigente sindical da Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas (FP) Elisabete Gonçalves, a adesão à greve rondou os 95% a nível nacional.

Em declarações à agência Lusa, a responsável, que é coordenadora do FP para o setor social, explicou que esta "é uma luta que se arrasta desde 2015, 2016" e que tem a ver com a "valorização salarial" dos trabalhadores das misericórdias de todo o país, bem como o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, a regulação dos horários de trabalho e a "valorização concreta dos trabalhadores".

"Nós estamos em negociações com estes senhores e estes senhores da UMP não abrem mão, ou seja, o que eles fazem pura e simplesmente é dizer que estes trabalhadores são trabalhadores de salário mínimo nacional, são as tabelas que eles nos apresentam", criticou.

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