Ministro defende que Atlântico deve voltar a ser centro da globalização
O ministro das Infraestruturas defendeu hoje, em Lisboa, que o oceano Atlântico tem que voltar a ser o centro da globalização, destacando o papel de Portugal e do Brasil neste processo.
© Manuel de Almeida
"Temos que conseguir que o centro da globalização volte ao Atlântico", afirmou Pedro Nuno Santos, que falava na assinatura do protocolo entre a Associação de Portos de Portugal (APP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários do Brasil (ANTAQ), em Lisboa.
Para o governante, o Brasil, como uma das maiores economias do mundo, e Portugal, "que se fez no mar", têm uma grande "responsabilidade e capacidade de dinamizar".
Durante a sua intervenção na cerimónia, o ministro defendeu que Portugal tem na aviação, particularmente em Lisboa, um 'hub' na distribuição de passageiros do Atlântico, sobretudo, do Brasil.
Agora, o objetivo passa por conseguir que, por exemplo, o porto de Sines também possa ser o 'hub' de distribuição na Península Ibérica, Norte de África e Atlântico.
"Queremos que isto também seja importante para o Brasil, que possam olhar para os nossos portos como uma porta de entrada para aquilo que têm a oferecer ao mundo", sublinhou.
Pedro Nuno Santos ressalvou que ainda há muito a fazer na relação entre Portugal e o Brasil, o que considerou "estranho", tendo em conta que, "há décadas e décadas, que é dito que é preciso impulsionar esta relação".
Presente na mesma sessão, o representante do Ministério das Infraestruturas do Brasil, Marcelo Sampaio, destacou a ligação entre os dois países, notando que um "potencial de parceria e avanço" em matéria de infraestruturas com o Estado português.
Marcelo Sampaio disse ainda que a Janela Única Logística "é uma grande lição", acrescentando que pode ser estudada a possibilidade de Portugal e do Brasil criarem um sistema único neste âmbito.
[Notícia atualizada às 18h53]
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