SIM critica "pandemónio da pandemia" e fala em "ausência de estratégia"
Sindicato Independente dos Médicos pede, em comunicado, a "retoma da disponibilização graciosa da testagem em ambiente comunitário, através da disponibilização de um número razoável de testes rápidos de antigénio".
© iStock
País Covid-19
"Decorridos mais de dois anos da emergência do SARS-CoV-2, Portugal encontra-se no limiar da sexta onda pandémica. Se é certo que a evolução do vírus é imprevisível, também é verdade constatar-se que o alívio das medidas foi precoce, ou não tivesse sido baseado na 'evidência' político-governativa..." A crítica parte do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) que, num comunicado publicado no site oficial, esta quinta-feira, acusa que, neste momento, se "desconhece" uma estratégia de combate à doença.
"Desconhece-se a estratégia de combate à pandemia, à parte da profusão de diplomas legais e de resoluções de Conselho de Ministros que deixam ao 'democrático' arbítrio do cidadão a tomada de medidas de proteção individual", considera o SIM, acrescentando que se impõe, "perante o pandemónio instalado nos serviços de saúde e, muito em particular, nas martirizadas urgências hospitalares, uma resposta organizada e baseada, desta vez, na evidência científico-epidemiológica".
Impõe-se, perante o pandemónio instalado nos serviços e, muito em particular, nas martirizadas urgências hospitalares, uma resposta organizada e baseada na evidência científico-epidemiológica. O SIM exige a retoma da disponibilização graciosa da testagem.https://t.co/q8lN04y0IG
— simedicos (@simedicos) May 12, 2022
Na nota - intitulada "O pandemónio da pandemia ou a ausência de uma estratégia de combate" -, o Sindicato defende também que, "sendo os profissionais de saúde a linha da frente no combate à pandemia", se exige "que o Governo acautele a sua vacinação – a par dos grupos da população mais vulneráveis, como é o caso dos idosos ou dos doentes crónicos."
"Trata-se, aliás, de uma obrigação legal do Ministério da Saúde e das restantes entidades empregadoras da Saúde, privadas e do setor social", salienta.
A par desta medida, é ainda pedida a "retoma da disponibilização graciosa da testagem em ambiente comunitário, através da disponibilização de um número razoável de testes rápidos de antigénio, a realizar graciosamente por qualquer cidadão em farmácias ou em laboratórios de análises clínicas".
"Sobretudo", termina o SIM, "impõe-se um rumo claramente definido, por parte do Ministério da Saúde/Direção-Geral da Saúde, no combate à pandemia." "É que navegar à vista é possível, mas é demasiado perigoso em mares agitados..."
Leia Também: Portugal já ultrapassou os quatro milhões de casos da Covid-19
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com