Duarte de Bragança, a convite do governo local, viajou até Timor-Leste onde marcou presença no 20.º Aniversário da Independência do país, acompanhado pela Infanta Maria Francisca.
Ambos participaram nas celebrações do Dia da Restauração da Independência e noutras atividades tanto de carácter oficial como privado para assinalar o rompimento de duas décadas de ocupação indonésia.
Duarte de Bragança foi um dos ativistas na defesa da causa do povo timorense, tendo defendido o direito à sua autodeterminação. Antes de a luta pela independência ganhar visibilidade internacional, o Duque de Bragança envolveu-se em diversas campanhas, entre as quais 'Timor 87 Vamos Ajudar' e outra com o navio 'Lusitânia Expresso', que tinha como missão atracar na capital, Díli, mas sem sucesso visto que a marinha de guerra indonésia que não o permitiu.
Duarte de Bragança esteve envolto na causa timorense, tendo contactado com José Ramos Horta, o administrador apostólico de Díli, Ximenes Belo, assim como com o Ministro dos Negócios Estrangeiros da altura. Preocupou-se em estabelecer um plano de paz para Timor e, para tal, convidou Kartika Sukarno, filha do Presidente Sukarno e irmã da depois Presidente da Indonésia Megawati Sukarnoputri, a visitar Portugal.
De recordar ainda que em 1997 foi a Jacarta, capital da Indonésia, onde esteve com o ministro indonésio dos Negócios Estrangeiros, Ali Alatas, e vice-presidente Jusuf Habibi, para propor a realização de um referendo em Timor, que, na altura, foi recusada pelo presidente Suharto. O Duque de Bragança tentou visitar a prisão Xanana Gusmão, porém como não lhe foi permitido deslocou-se a Timor-Leste, a convite de Ximenes Belo, para comunicar com elementos da resistência.
Assim, devido aos serviços prestados à causa e ao povo, o Parlamento de Timor-Leste atribuiu a nacionalidade timorense a Duarte Pio. Em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a Causa Real divulga que "felicita o POVO de TIMOR pelos 20 anos de independência, que transformaram o país num estado soberano".
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