Em declarações à Lusa, Luís Dias, dirigente do STML, explicou que esta quarta-feira, depois da concentração dos trabalhadores da higiene urbana da CML na Praça do Município, em Lisboa, o sindicato teve dois encontros com o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, tendo chegado a acordo nas matérias que os trabalhadores exigiam.
"Chegámos a um compromisso com a câmara que é pagar retroativos no máximo até agosto deste ano e, depois em janeiro de 2023, pagar os dois meses que correspondem aos meses de férias de 2021 e 2022", disse Luís Dias.
Segundo o sindicalista, os trabalhadores do setor de limpeza urbana, na sua maioria de remoção, deviam estar a receber desde janeiro de 2021 o suplemento de insalubridade e penosidade atualizado, fixado nos 4,99 euros (atualmente ainda estão a receber 4,09 euros).
Em relação aos salários, Luís Dias adiantou que o universo de "1.200 a 1.300 trabalhadores" aufere 705 ou 709 euros mensais, pelo que "grande parte dependa também do trabalho suplementar".
Hoje, o sindicato entregou o caderno reivindicativo deste setor de atividade, tendo sido abordado nos encontros os "castigos informais" que os trabalhadores têm vindo a ser alvo, que têm criado "um ambiente de chantagem e intimidação no seio dos trabalhadores, a todos os níveis inaceitável".
"A Câmara Municipal mostrou disponibilidade, no mínimo para ouvir os trabalhadores e as suas questões, chegando a acordo para uma das matérias. Agora não poderá alegar desconhecimento nas outras", sublinhou.
Segundo Luís Dias, ficou agora firmado um compromisso, sendo o objetivo de futuro ter reuniões regulares com os responsáveis da Higiene Urbana da autarquia, aos quais vão "colocando os problemas existentes".
"Tudo leva o seu tempo, mas nesta fase já ninguém pode alegar desconhecimento dessa realidade", frisou.
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