"Transporte a pedido" alargado a Sardoal e Abrantes
A experiência do "transporte a pedido" realizada em 2013 no concelho de Mação vai ser alargada, em maio, ao Sardoal e a algumas freguesias de Abrantes, disse hoje à Lusa o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT).
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País Médio Tejo
Vítor Miguel Pombeiro disse à Lusa que o "transporte a pedido" foi um dos "projetos emblemáticos" desenvolvidos pela CIMT ao longo do ano de 2013 incluído na conta de gerência aprovada na segunda-feira à noite pela Assembleia Intermunicipal da Comunidade.
"É uma experiência única em Portugal. É uma resposta para as zonas de baixa densidade", onde o transporte não tem rentabilidade e onde existe a necessidade de as pessoas se deslocarem até serviços que estão cada vez mais concentrados, afirmou.
O serviço, que tem vindo a ser desenvolvido sobretudo com profissionais de táxis, passa por uma central que regista os pedidos feitos pelas pessoas, na véspera, para um circuito que tem paragens, horário e tarifário definidos, e que aciona a viatura adequada em função do número de utilizadores.
A experiência realizada em Mação mostrou que as pessoas preferem o horário da manhã, para se deslocarem à sede do concelho ou a um ponto de acesso a transportes públicos, com regresso ao final da manhã, princípio da tarde, disse.
Para a segunda fase do projeto, foram já feitos contactos com os operadores nos concelhos do Sardoal e de Abrantes, indo agora iniciar-se o processo de instalação do equipamento que permite aferir o cumprimento dos horários e os quilómetros percorridos naqueles que aderiram.
A experiência de Mação mostrou igualmente que este é ainda um serviço deficitário, que exige alguma comparticipação no investimento por parte da CIMT e na conta corrente por parte das câmaras municipais, que assumem a diferença entre a receita obtida e o custo, sendo que as tarifas cobradas aos utilizadores representam, em regra, uma vez e meia o valor de uma carreira, se esta existisse, adiantou.
"Estamos a otimizar todos os custos do serviço para os diminuir o mais possível. Os novos contratos já apresentam menos 30% em relação ao praticado no início da experiência. Com a adesão de mais municípios há custos que se podem repartir", afirmou Miguel Pombeiro.
Para uma terceira fase estão a ser iniciados estudos nos concelhos de Ourém, Tomar e Vila Nova da Barquinha, ficando os restantes municípios que integram a CIMT para uma quarta fase, ambas a desenvolver ao longo do ano de 2015.
Entre os outros projetos realizados em 2013, o secretário executivo destacou o "Em Rede", de incentivo ao empreendedorismo na região e que está a ser desenvolvido em parceria com o TagusValley e com a Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant).
"Temos várias empresas em fase de entrar no mercado e de desenvolver o negócio", afirmou.
O projeto da Central de Compras, que permite aos municípios adquirir bens e serviços ao melhor preço e sem a burocracia inerente à realização de concursos públicos individuais, "está em pleno desenvolvimento", referiu.
O sistema de informação geográfica, os projetos de afirmação territorial nas áreas do turismo e do património, a formação dos funcionários e a aquisição de equipamento de proteção individual para os bombeiros, são outros que destaca.
Em relação às contas de 2013, com um valor de 2 milhões de euros executados, Miguel Pombeiro referiu que a situação a 31 de dezembro era "bastante positiva", não apresentando a CIMT passivo nem a médio nem a longo prazo.
Em maio, a Assembleia Intermunicipal terá uma reunião extraordinária exclusivamente destinada a discutir o Plano Estratégico do Médio Tejo para o período 2014/2020, que incluirá os projetos prioritários a candidatar a fundos comunitários.
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