PJ deteve 26 pessoas em operação de combate ao cibercrime
Em causa está um grupo criminoso que "atuou durante vários meses e terá lesado centena de vítimas, causando um prejuízo superior a milhões de euros".
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País Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta segunda-feira, 26 indivíduos no contexto de uma operação de combate ao cibercrime, os quais eram suspeitos da prática dos crimes de burla informática, falsificação de documento, falsidade informática, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Segundo um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, em causa está um grupo criminoso que "atuou durante vários meses e terá lesado centena de vítimas, causando um prejuízo superior a milhões de euros".
A PJ disse ainda que "quer as vítimas, quer o valor do prejuízo causado, tenderão a aumentar porquanto ainda falta identificar alguns inquéritos relacionados com esta atuação criminosa".
Segundo a PJ, está aqui em causa um esquema de 'phishing' bancário - que "consiste no envio massivo de mensagens, SMS ou e-mail, com aparência de remessa por uma instituição bancária, contendo um texto padrão que induz a vítima a aceder a um endereço eletrónico". Posteriormente, as vítimas eram redirecionadas para um website semelhante à página do seu banco, onde lhes era pedido que introduzissem as suas credenciais de acesso ao seu serviço de 'homebanking'.
Para garantir o sucesso do crime, as vítimas eram depois contatadas por chamadas de voz, por parte de um indivíduo que se fazia passar por um funcionário bancário. Este teria, no entanto, como propósito "enganar e validar as transferências bancária ilícitas que tinham sido efetuadas" para 'contas Mula' previamente abertas, para compra de cartões de crédito recarregáveis ou para compra de divisas estrangeiras, facilitando o branqueamento dos proventos obtidos.
Na sequência desta operação, a autoridade judiciária disse ter procedido ao cumprimento de 38 mandados de busca domiciliária e não domiciliária. A mesma decorreu nos concelhos de Lisboa, Sintra, Mafra, Odivelas, Loures, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Marinha Grande, tendo envolvido "investigadores e peritos da Polícia Judiciária", adiantou a PJ.
Segundo a autoridade, os detidos serão entretanto presentes à autoridade judiciária competente, momento em que ficarão a conhecer as medidas de coação a que ficarão sujeitos.
[Notícia atualizada às 13h43]
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