Resgatados dez migrantes ao largo da ilha da Sardenha
Missão da GNR, coordenada com a Frontex, encaminhou os migrantes tunisinos para um porto italiano.
© GNR
País Migrantes
A Guarda Nacional Republicana (GNR) resgatou, na semana passada, dez migrantes ao largo da costa da Sardenha, uma ilha francesa no Mediterrâneo, depois da embarcação em causa ter sido identificada por meios marítimos europeus no local.
Em comunicado, a polícia portuguesa refere que "a pequena embarcação de fibra com dez migrantes a bordo, todos homens de nacionalidade tunisina", foi encontrada pelas 18h30 do dia 22 de maio.
"Os militares da tripulação do Bojador procederam ao resgate dos migrantes para bordo do navio e, após verificarem que se encontravam aparentemente em bom estado de saúde, foram transportados para o Porto de Sant’Antioco", afirma a GNR, que acrescenta que o resgate foi coordenado com a Frontex, a autoridade fronteiriça europeia, e que a embarcação foi rebocada.
A GNR trabalha no Mediterrâneo no âmbito da operação 'THEMIS', contribuindo com uma lancha de patrulhamento. A autoridade portuguesa estará até ao dia 13 de julho a ajudar no "controlo dos fluxos de migração e impedir a criminalidade transfronteiriça".
No entanto, a operação 'THEMIS', que foi criada em 2018 pela Frontex depois da recusa dos governos italiano, espanhol e francês em acolher mais refugiados vindos do Norte de África, tem sido muito criticada por organizações não-governamentais (ONG), que acusam os governos de não serem solidários.
No quadro desta operação, os migrantes intercetados pela Frontex devem ser levados para o porto mais próximo, e não para o porto europeu mais próximo. Esta mudança de prática tem levado a uma maior proximidade entre as autoridades europeias e governos no Norte de África, nomeadamente com o da Líbia, e várias ONG apontam o dedo à União Europeia por ajudar a financiar centros de detenção onde autoridades líbias praticam tortura contra refugiados que tentam chegar à Europa.
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