Espinho volta a receber encontro de "estátuas vivas" dois anos depois
A cidade de Espinho volta a receber, no fim de semana, o Encontro Internacional de Estátuas Vivas, que, após dois anos de interregno devido à pandemia, regressa com 32 cenas de imobilismo por artistas portugueses, espanhóis e britânicos.
País Competição
A 24.ª edição do evento continua a ser organizada pelo município de Espinho, no distrito de Aveiro, que para a competição de 2022 reuniu 40 participantes e apresentará as suas performances no largo da Câmara, e também nas montras de alguns estabelecimentos comerciais da Rua 19.
Realçando que este "é o mais antigo encontro internacional de imobilidade expressiva no mundo", fonte oficial da organização declarou à Lusa: "A um ano de completar a 25.ª edição, o Encontro Internacional de Estátuas Vivas de Espinho orgulha-se de ser o principal impulsionador desta arte performativa, contribuindo inequivocamente para a sua notoriedade e visibilidade a nível nacional e internacional, potenciando o despontar de iniciativas semelhantes por todo o mundo, bem como o aparecimento de novos criadores e artistas".
Propondo-se ser "uma grande festa da arte da imobilidade", o evento vai reunir no sábado à noite os vencedores de edições anteriores e reserva o domingo à tarde para o concurso disputado por "belíssimas estátuas, que estabelecem uma relação de cumplicidade com os milhares de pessoas que habitualmente visitam o encontro".
Os vários prémios a atribuir serão decididos pelo público e por um júri que integra António Gomes dos Santos, recordista mundial de imobilidade e participante de várias edições anteriores do encontro.
Esse é um dos ex-vencedores que, a par de outras estátuas vivas portuguesas, após a vitória em Espinho tem representado o país "em inúmeros concursos internacionais um pouco por todo o mundo, com destaque para Singapura, Holanda, Ucrânia, Rússia, Polónia e Bélgica".
A organização do evento defende que o grau de qualidade desses 'performers' tem beneficiado, por um lado, da oferta de formação conduzida em Espinho por António Gomes dos Santos -- através de 'workshops' abordando diferentes aspetos do processo de construção de uma estátua, como "maquilhagem do rosto e corpo, tratamento de tecidos e fabrico de adereços" -- e, por outro, do apoio que os alunos da Faculdade de Belas Artes do Porto vêm manifestando ao encontro -- "trazendo toda a sua criatividade e o seu conhecimento de materiais e técnicas" para o trabalho de criação de personagens e assim "elevando os níveis das estátuas para outros patamares".
Entre as figuras a representar no próximo fim de semana inclui-se "O Engraxador", de Manuel Baptista Pinho, a "Pietá", de Maria João Matos da Silva, "A Peste", de Manuel Martins, "O Flautista d Hamelin", de Cláudia Costa, o "Cristóvão Colombo", de André Vieira, o "Albert Einstein", de Júlio Martins, e o "Minotauro", de Katarina Ferreira.
Com recurso a estátuas duplas apresentar-se-ão cenas como as do "Romance de Cleópatra e António", por Andreia Silva e Carlos Ferreira, assim como "Os ciganos de Sophia de Mello Breyner", por Joana e Inês Pinto de Jesus, e "Chocolate Love", por Mariane Trindade e Teresa Magro.
Outras expressões a inspirar os imobilistas serão: "A justiça é cega", de Paula Carvalho; "Ser da Floresta", de Maria João Borges; "Corte e Costura", de Andreia Gabriel; e "Punk is not dead /O Punk não está morto", de Nelson Moura.
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