O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi questionado, esta quarta-feira, em Braga, sobre a notícia que está a marcar a atualidade de que a Segurança Social vai cortar apoio alimentar a centenas de famílias.
"Vi a notícia, mas ainda não tive confirmação", começou por justificar o Chefe de Estado, acrescentando que a imprevisibilidade da guerra na Ucrânia obriga a que haja reajustes nas necessidades.
"Diria que nenhum de nós sabe como a guerra vai evoluir e, nesse sentido, naturalmente espero que as autoridades e os responsáveis dos vários setores da sociedade portuguesa vão ajustando as medidas sociais - e essa é uma medida social - à situação vivida", frisou.
"Provavelmente, as necessidades não serão iguais num determinado momento e noutro momento e dependerão da duração da guerra", concluiu.
Refira-se que, se acordo com o que foi hoje avançado pelo Jornal de Notícias, o Instituto da Segurança Social (ISS) deu indicações aos centros distritais de todo o país para reduzirem o número de beneficiários do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) de 120 para 90 mil.
Entretanto, o presidente do Banco Alimentar do Algarve já veio referir que estão a receber cada vez mais pedidos de famílias e instituições para apoio alimentar, sublinhando que o aumento dos preços tem estado a pressionar novamente a população mais carenciada.
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