Em declarações à agência Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues afirmou que as "expectativas são boas" no regresso de uma época balnear sem restrições devido à pandemia da covid-19, mas que permanecerão, nos acessos às praias, algumas medidas de proteção individual, como o álcool-gel, e informações de cuidados a ter.
"Apesar de não ser obrigatório, todos reconhecemos que os números de novos casos [de infeção pelo SARS-CoV-2] não são brincadeira. Portanto, vamos usar esses meios como fator de sensibilização", notou.
E acrescentou, "vai ser o primeiro ano normal, mas é uma normalidade em que continua a ser importante haver alguns cuidados".
A época balnear abriu ano passado a 12 de junho na grande maioria das praias portuguesas, sujeitas então pelo segundo ano consecutivo a regras para prevenção, contenção e mitigação da transmissão da infeção por covid-19.
Sem restrições, este ano a época balnear decorre entre 01 de maio e 31 de outubro, de acordo com a portaria publicada a 02 de junho em Diário da República e assinada pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e pela ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
No Norte, a época balnear abre hoje para a totalidade das 125 praias costeiras, mais três que em 2021, e parte das 36 fluviais, menos duas que último ano.
À Lusa, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) destacou ainda que este ano a preparação da época balnear ficou marcada pela dificuldade em contratar nadadores-salvadores.
"Durante estes dois anos, não havendo época balnear normal, houve uma suspensão generalizada das ações de formação que permitem a renovação anual das certificações dos nadadores-salvadores. Este ano há uma generalizada dificuldade em ter nadadores-salvadores", afirmou.
Defendendo que a solução para este problema, que "não é culpa de ninguém", passa por tornar a renovação automática, Eduardo Vítor Rodrigues salientou que a mesma facilitará a contratação de uns anos para os outros.
"Estamos a fazer algumas diligências para que haja uma automática renovação da licença", disse, acrescentando, no entanto, que este é um problema que afeta "todo o país".
"Há zonas do país que simplesmente correm o risco de não abrir", afirmou, destacando que uma concessão, ao abrir sem nadadores-salvadores, "perde automaticamente" a bandeira azul.
"É um pequeno grande detalhe nacional que está a ser tratado", observou, dizendo esperar que este "condicionalismo" seja resolvido a tempo.
"Para já, ninguém arrisca abrir sem nadadores-salvadores porque ninguém arrisca a perder a bandeira azul, por isso, mais vale atrasar uma semana ou quinze dias", observou.
À Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues assegurou que "nenhuma" das praias da Área Metropolitana do Porto corre o risco de não abrir por falta de nadadores-salvadores, cujo número, apesar de não saber ao certo, rondará as "centenas".
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