Pitarma foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com a Ordem de Mérito com o grau de Oficial.
"É o reconhecimento do esforço e do trabalho árduo feito ao longo destes anos. Sinto-me orgulhoso do trabalho que fiz e da condecoração que recebi", disse Luís Pitarma à agência Lusa.
Pouco depois de receber alta do hospital de St. Thomas, em Londres, onde esteve internado uma semana em abril de 2020 devido a um agravamento dos sintomas, incluindo três noites nos cuidados intensivos, Boris Johnson publicou um vídeo na rede social Twitter a agradecer aos vários profissionais de saúde que considerou lhe terem salvado a vida, destacando o português, a quem chamou "Luís, de Portugal".
"Eu cuidei do primeiro-ministro como trataria de outra pessoa qualquer", garantiu Pitarma, partilhando a distinção com os muitos outros enfermeiros portugueses que trabalham no Reino Unido: "Tenho a certeza que os meus colegas fazem um trabalho tão excelente quanto aquele que eu fiz".
Passados dois anos deste o incidente, revelou que o caso ainda é motivo de "brincadeiras" com os colegas de trabalho, mas não escondeu que ficou irritado com o recente escândalo das festas ilegais durante a pandemia na residência de Johnson em Downing Street.
"Não acho que tenha sido a melhor atitude. Deveria haver um bocadinho mais de consideração, um pouco mais de respeito pelo povo britânico e por todas as pessoas que se esforçaram a combater esta pandemia, sobretudo no Reino Unido", declarou.
No evento de celebração do Dia de Portugal em Londres com a comunidade portuguesa, também foi distinguido o bailarino Marcelino Sambé, com Ordem Militar de Sant'Iago da Espada com o grau de Cavaleiro.
A coordenadora-geral do Ensino no Reino Unido, Regina Duarte, fundadora da Escola Anglo-Portuguesa de Londres, e a académica Susana Frazão Pinheiro foram feitas comendadoras da Ordem de Instrução Pública.
O Presidente da República encontra-se em Londres entre hoje e domingo para as celebrações do Dia de Portugal com a comunidade portuguesa do Reino Unido.
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 2016 decorreram entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde. Em 2020 e no ano passado, por causa da pandemia da covid-19, Marcelo e Costa suspenderam a sua participação no 10 de Junho fora do país.
No sábado, o Presidente da República começa a manhã na Escola Anglo-Portuguesa de Londres, seguindo depois para o Royal Brompton & Harefield Hospital e almoça com representantes da comunidade portuguesa ligados às artes.
Na parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visita o Imperial College -- último ponto do programa oficial até agora definido. No domingo, pelas 12:00, o Presidente da República parte para Andorra.
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