A ama, de 70 anos, da criança que morreu em Setúbal - alegadamente, vítima de maus-tratos - chegou hoje à Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal algemada para prestar declarações.
De acordo com a SIC Notícias, a mulher entrou pela porta lateral da PJ e ficará detida esta noite.
Segundo a estação de Paço de Arcos, a mulher tinha fugido para uma casa abandonada em Leiria e terá oferecido alguma resistência às autoridades pelo que foi levada à PJ algemada.
Mãe e padrasto da criança também foram ouvidos pelas autoridades.
Durante o dia de hoje, o pai biológico da criança e avó paterna estiveram na PJ e a mulher terá atribuído culpas a Inês, mãe da menina de três anos, por ter deixado a neta aos cuidados da ama.
Segundo esta avó, a progenitora saberia que a mesma maltratava a filha quando esta estava à sua guarda.
A PJ de Setúbal admitiu na terça-feira que a morte da criança ocorreu num "quadro evidente de maus tratos", que poderá ser hoje confirmado pelo resultado da autópsia, que já terá sido concluída.
A CNN Portugal noticiou que a menina esteve durante cinco dias, até segunda-feira à tarde, com a ama, e que esta terá comunicado à mãe da menina que a menor tinha caído de uma cadeira no dia anterior e que medicou a criança com cinco mililitros do anti-histamínico. No entanto, segundo a agência Lusa, que recolheu informações junto de fontes hospitalares e da PJ, os ferimentos que a criança apresentava iam muito além do que poderia ter acontecido devido a uma queda de uma cadeira.
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