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Subsistema de saúde dos militares com encargos que não lhe competem

A Associação de Oficiais das Forças Armadas reclamou hoje que o subsistema de saúde dos militares e forças de segurança (ADM) não teria problemas de autofinanciamento caso lhe fossem retirados encargos que não lhe competem.

Subsistema de saúde dos militares com encargos que não lhe competem
Notícias ao Minuto

16:45 - 11/04/14 por Lusa

País AOFA

Num documento distribuído hoje em conferência de imprensa, a direção da AOFA defende que sejam "eliminados fatores" que "induzem a um tratamento desigual dos militares relativamente aos seus concidadãos".

A ADM suporta os custos com a saúde de cerca de cinco mil beneficiários, a maioria dos quais pensionistas de invalidez e viúvas de militares e suporta os encargos com a saúde dos deficientes das Forças Armadas.

"Entendemos que o custo do apoio que lhes é disponibilizado deve ser suportado pelo Orçamento do Estado, como óbvia forma de o consagrar em termos universais, responsabilidade de todos como é devido, e não apenas pelos militares", defende a AOFA.

De acordo com o presidente da AOFA, se a ADM assumisse "apenas as suas responsabilidades", o saldo do subsistema "passaria a ser francamente excedentário".

A AOFA critica ainda os termos do protocolo assinado entre o Hospital das Forças Armadas e o Hospital da Cruz Vermelha para assistência aos militares, afirmando que a tabela utilizada para cobrança dos encargos suportados "é superior à praticada pelas entidades convencionadas".

"À semelhança do que sucede com os seus concidadãos, os militares estão sujeitos a todas as taxas, impostos e descontos. Por conseguinte, tal como os restantes cidadãos, têm direito aos cuidados prestados no âmbito do Serviço Nacional de Saúde", reclama a AOFA.

De acordo com as contas feitas pela AOFA, em 2012 a receita proveniente dos descontos para a ADM foi de cerca 12 milhões de euros, tendo aumentado para cerca de 27 milhões de euros em 2013.

O aumento da receita decorre do aumento dos descontos de 1,5 para 2,25 por cento em 2013 e do alargamento da base de incidência (passaram a incidir sobre o suplemento da condição militar e sobre os subsídios de férias e natal, para além da remuneração base).

A secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, Berta Cabral, afirmou na quarta-feira que o subsistema de saúde dos militares (ADM) não é "autossustentável no imediato", estimando para 2014 um défice de 22 milhões de euros neste sistema.

"A ADM tem condições específicas que a impedem de ser autossustentável no imediato. Há um conjunto de particularidades que devem ser expurgadas", frisou a governante, que falava no parlamento.

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