Autarcas contra perda de valências do hospital de Penafiel
Os autarcas do Tâmega e Sousa vão reclamar junto do Ministério da Saúde, para que este altere a portaria que reclassifica o hospital de Penafiel, retirando-lhe várias especialidades médicas.
© Reuters
País Tâmega e Sousa
"Vamos atuar de imediato junto do Ministério da Saúde", disse à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, Gonçalo Rocha.
O autarca frisou não fazer sentido a classificação atribuída ao centro hospitalar que serve a região, recordando ser uma das maiores do norte do país, garantindo cuidados de saúde a mais de meio milhão de habitantes.
O presidente da Câmara de Castelo de Paiva comentava à agência Lusa a portaria publicada na quinta-feira em Diário da República e que vem categorizar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em grupos de I a IV, hierarquizando as unidades de acordo com a natureza das suas responsabilidades e as suas valências.
O hospital de Penafiel foi incluído no grupo I destinado a hospitais que sirvam até 500.000 habitantes, o que, segundo Gonçalo Rocha, poderá significar a perda de valências, como cirurgia cardiovascular, urologia e obstetrícia.
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, contactado hoje pela Lusa, não faz comentários à portaria do Ministério da Saúde.
Contudo, o representante dos autarcas da região insistiu que a classificação atribuída ao hospital "esta incorreta", não "refletindo a realidade da região". Gonçalo Rocha prometeu que esse será o argumento mais forte que levará ao Ministério da Saúde, para além dos prejuízos provocados nas populações.
O presidente da CIM do Tâmega e Sousa avançou que estão a decorrer conversações para "articular uma posição comum" da região face a esta "matéria tão delicada".
Alertou, por outro lado, que, se for confirmada a perda de valências, consumar-se-á o esvaziamento do novo Hospital de Amarante, do mesmo centro hospitalar, no qual o Estado investiu recentemente cerca de 40 milhões de euros.
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