"Enquanto os movimentos sociais forem deixados do lado de fora, e aos líderes fósseis nacionais e internacionais for garantido um lugar na mesa de negociação, o nível de ambição política que podemos esperar destas conferências é baixo", alertaram os jovens do movimento em Lisboa, numa declaração à Agência Lusa.
E acrescentaram: "Não aceitamos mais este mar de promessas vazias, e só acreditaremos no compromisso de governos e instituições para travar o caos climático e proteger o Oceano quando este for drástico e radical".
No comunicado, os jovens do movimento consideram que "a indústria dos combustíveis fósseis ainda é dona do mundo", pelo que enquanto assim for "continuará a monopolizar os interesses dos governos e instituições", destruindo ao mesmo tempo a água, o oceano, as terras e o ar.
No documento os jovens reafirmam a exigência do fim dos combustíveis fósseis no país até 2030 e o "fim aos fósseis no Governo", em particular o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, numa alusão ao seu cargo na companhia petrolífera Partex.
E voltam a garantir que, por estas reivindicações, irão ocupar escolas e universidades de Lisboa no próximo ano letivo.
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, coorganizada por Portugal e Quénia, decorreu de segunda-feira a hoje na capital portuguesa e terminou com a adoção de a Declaração de Lisboa. A próxima conferência será em 2025, organizada pela França e pela Costa Rica.
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