Forças de segurança pedem reunião a Primeiro-ministro e admitem protestos
A estrutura que congrega sindicatos e associações da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, Polícia Marítima e ASAE pediu, esta quarta-feira, uma reunião de urgência com o primeiro-ministro e admitiu avançar com protestos a partir de setembro.
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A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança esteve reunida na terça-feira, no Porto, e decidiu pedir uma reunião a António Costa, por considerar que as várias estruturas e sindicatos são tutelados por diferentes ministérios e não tem existido a postura de diálogo prometida pelo Governo.
César Nogueira, secretário nacional da CCP e presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse à Lusa que o pedido de reunião com o Primeiro-ministro já foi esta quarta-feira e lamentou que, das seis estruturas que pertencem à CCP, apenas duas foram recebidas pelo ministro da respetiva tutela, designadamente a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e sindicato dos inspetores do SEF, que tiveram encontros com o ministro da Administração Interna.
César Nogueira lembrou a José Luís Carneiro que "há coisas mais importantes do que festas e entrega de medalhas".
"Os profissionais das forças de segurança não estão dispostos a aceitar com passividade a atual situação, motivo pelo qual, considerando que estão envolvidas várias tutelas, solicita uma reunião com urgência ao Primeiro-ministro. A CCP faz votos para que o Governo cumpra a sua promessa de postura dialogante, pois caso contrário, a breve trecho, formas de protesto surgirão, já a partir de setembro", refere aquela estrutura, em comunicado.
O secretário nacional da CCP precisou que em causa estão questões como a atualização das tabelas remuneratórias, melhoria das condições de trabalho e a indefinição do futuro dos inspetores do SEF com a extinção deste serviço.
César Nogueira recordou que os vencimentos dos profissionais das forças e serviços de segurança não têm sofrido qualquer alteração, existindo polícias que não são aumentados há mais de 10 anos.
Em comunicado, aquela estrutura composta por sindicatos da PSP, SEF, guardas prisionais, ASAE e associações profissionais da GNR e Polícia Marítima considera "inadmissível" que o Governo não tenha garantido a necessária valorização remuneratória dos profissionais das forças e serviços de segurança e sentem que a sua missão "tem sido desvalorizada".
"A desmotivação tem sido uma constante, sobretudo num quadro em que há uma objetiva carência de efetivos com funções operacionais e mesmo uma gestão desadequada dos recursos existentes a que se somam as deficientes condições de serviço", refere a CCP, manifestando "profundo desagrado" com a falta de diálogo entre as tutelas e as estruturas representativas das força e serviços de segurança que, na sua maioria, estão "a ter o silêncio como resposta aos seus pedidos de reunião".
A CCP sublinha ainda que é urgente que a profissão seja considerada de risco e desgaste rápido.
Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.
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