Porto, Gaia e Gondomar idealizam via para fazer face ao trânsito da VCI
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, adiantou hoje que está a ser pensada, com os seus homólogos de Gaia e Gondomar, uma "via intermédia" para fazer face à sobrecarga de trânsito na Via de Cintura Interna (VCI).
© Global Imagens
País VCI
Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do executivo, Rui Moreira esclareceu que na semana passada foi convocado para uma reunião com o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e com o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins.
Na reunião, esclareceu o autarca, foi apresentada "uma ideia para uma eventual construção de uma via intermédia que permitisse do lado sul descarregar o trânsito que hoje passa pelas pontes da Arrábida e do Freixo".
"Seria aquela autoestrada que liga da Ponte da Arrábida ao Hospital de Matosinhos e que depois engrena na parte do Freixo. Seguir em frente, passar numa série de vias que já há ali construídas, passar numa ponte algures por Avintes [Gaia], teria de ser construída uma nova ponte, e depois entrar na circular do Porto, fazendo circular o trânsito junto ao túnel de Ermesinde que está a ser alargado. A partir daí era fácil ligar à A4", detalhou Rui Moreira.
Salientando que "ainda não há desenho", o presidente da Câmara do Porto considerou esta uma "ideia interessante", até porque a atual circular "é excessivamente excêntrica e obriga a que os veículos pesados façam muitos quilómetros a mais".
"Haver uma via intermédia parece-me uma ideia útil, mas é apenas isso", disse.
Aos jornalistas, Rui Moreira lembrou que, a concretizar-se, este é um projeto para o qual é preciso "muito dinheiro".
"Seguramente mais de 100 milhões de euros", disse, destacando que serão também necessários, pelo menos, "três anos" para a sua concretização.
"Não sei como é que vamos continuar a conviver com a VCI com o trânsito que ela tem", salientou o autarca, defendendo que poderiam ser tomadas "medidas intermédias" para mitigar os habituais congestionamentos que aquela artéria provoca, como a isenção do pagamento da portagem os veículos pesados na Circular Regional Exterior do Porto (CREP).
"Pelo menos durante algum tempo ficaríamos com alguma capacidade, e se pensarmos que ao mesmo tempo o trânsito de veículos ligeiros nesse circuito é suposto reduzir com a construção da linha [de metro] Rubi, acho que conseguiríamos viver mais algum tempo com VCI até essa segunda circular ser aberta", acrescentou.
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