A perícia psiquiátrica a João Carreira - o jovem que planeou um massacre na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - revela que este estava em plenas capacidades mentais, avança a SIC Notícias.
A acusação do Ministério Público indica que o ataque estava a ser planeado ao detalhe desde setembro de 2021.
Natural da Batalha, o estudante, aluno do 1.º ano de Engenharia Informática, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na casa onde residia nos Olivais, em Lisboa, em fevereiro desde ano.
A operação, executada através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), envolveu buscas domiciliárias, nas quais foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".
"Além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear", aponta a PJ.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, fazem "um varrimento regular transversal da 'dark net' e de 'sites' considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas".
João Carreira está acusado de terrorismo e detenção de arma proibida.
Leia Também: PJ investiga ossadas humanas encontradas em Torres Vedras
