Em resposta a um pedido da Lusa sobre a atividade assistencial, o CHMT indica que nos sete primeiros meses do ano foram internados nas enfermarias covid-19 1.100 doentes e, destes, 73 (6.9%) passaram pelos cuidados intensivos, quando nos primeiros dois anos de pandemia, em 2020 e 2021, aquela percentagem foi de cerca de 25%.
"As novas variantes do vírus provocaram, inquestionavelmente, doença mais ligeira. No entanto, é muito expressivo o acumulado total de casos. A título de comparação, estes 1.100 internamentos por doença provocada pela covid-19 confrontam-se com 1.733 internamentos covid nos primeiros dois anos de pandemia", lê-se na resposta.
O CHMT é constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém.
Nos primeiros sete meses do ano, foram registadas 246 mortes de doentes infetados com covid-19, com 105 óbitos entre os 80 e os 89 anos.
Quanto a picos assistenciais no âmbito da pandemia, foram registados três desde 01 de janeiro: um entre 07 e 21 de fevereiro, com uma média de doentes internados de 50; outro na última semana de maio e nas duas primeiras de junho (com um máximo de 55 doentes internados) e no início de julho, com 46 pacientes.
Mais de 100 doentes são seguidos na consulta de acompanhamento da síndroma da "covid longa".
Relativamente à atividade assistencial não covid, foram registados mais 40% de episódios de urgência do que no ano anterior, para um total de 87.085 atendimentos.
Quanto a consultas, foram 103.588, mais 6.106 do que em 2021, e houve um aumento de quase 30% de cirurgias programadas (tendo sido realizadas um total de 5.291 atos cirúrgicos nos sete meses do ano).
No hospital de dia foram realizadas 18.509 sessões, mais 2.305 do que nos primeiros sete meses de 2021, e as visitas domiciliárias cresceram 19%, para um total de 957. Os partos estão a níveis de 2021, com menos três do que no período homólogo.
"A nível da realização de exames e meios complementares de diagnóstico, o balanço é igualmente muito positivo, com reforço da capacidade assistencial", sublinha o Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Na resposta à Lusa, a unidade hospitalar destaca o crescimento de 78% dos exames de anatomia patológica realizados, um aumento de 47% dos exames de pneumologia e crescimentos acima dos 10% em todos os meios de diagnóstico, como exames de cardiologia, imagiologia, análises clínicas, sessões de medicina física e reabilitação, entre outros.
As unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, abrangem uma população na ordem dos 266 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, a par da Golegã, na Lezíria, todos no distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.
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