Covid. Infarmed regista quase 26 mil casos de reações adversas às vacinas
Do total de casos de reações adversas às vacinas identificados, 8.107 foram considerados graves.
© Alvaro Fuente/NurPhoto via Getty Images
País Covid-19
O Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) registou, até ao final do mês de julho, 25.828 casos de reações adversas às vacinas contra a Covid-19. Desses casos, 8.107 foram considerados graves - o equivalente a 31,4% do total.
Segundo o novo relatório de Farmacovigilância sobre a monitorização da segurança das vacinas contra a Covid-19 em Portugal, divulgado esta terça-feira, foi assim identificado um caso de reação adversa à vacina por cada 1.000 administradas. No caso das reações tidas como severas, a razão desce para as 0,3 por cada 1.000 inoculações.
Como explica ainda a mesma fonte, tem-se registado, com o "decorrer do programa de vacinação" e com o "estímulo para a notificação de suspeitas de RAM [reações adversas a medicamentos] associadas a vacinas contra a Covid-19", um aumento destes valores.
Dos casos considerados como graves, 1.974 (7,6%) resultaram em incapacidade, 863 (3,3%) em hospitalização, 283 (1,1%) indivíduos estiveram em risco de vida e outros 135 (0,5%) acabariam mesmo por morrer após a toma da vacina. "Os casos de morte ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 77 anos", explicou ainda o Infarmed.
A autoridade esclareceu, no entanto, que "um resultado adverso fatal pode ser explicado pelos antecedentes clínicos do doente e/ou outros tratamentos" - sem que "necessariamente haja qualquer relação com a vacinação" contra a Covid-19.
Mais de metade destas reações adversas (13.664) foram identificadas no caso da vacina Comirnaty (Pfizer-BioNTech) - equivalendo a 0,8 casos de reação por cada 1.000 inoculações. Segue-se a Vaxzevria (Astrazeneca), com 6.537 casos de reação e que é a que apresenta uma maior taxa de adversidade (2,9 casos de reação por cada 1.000 vacinas administradas). A propósito da Spikevax (Moderna) e da JCOVDEN (Johnson & Johnson) foram notificadas, respetivamente, 3.471 e 1.997 reações adversas.
Ainda assim, a autoridade de saúde faz questão de salientar que tais "dados não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas", visto que foram "utilizadas em subgrupos populacionais distintos (idade, género, perfil de saúde, entre outros)" e em "períodos e contextos epidemiológicos distintos", pode ler-se no relatório.
Tudo isto numa altura em que, segundo o Infarmed, foram já administradas, até final do mês de julho, um total de 24.810.611 doses de vacinas contra o SARS-CoV-2.
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