Familiares temem atrasos na transladação dos corpos
As famílias dos pescadores que morreram no naufrágio do arrastão "Mar Nosso", nas Astúrias, ainda não sabem quando os corpos das vítimas serão transladados para Portugal, temendo que o processe se arraste devido à época de Páscoa.
© Reuters
País Astúrias
Esta manhã partiu de Caxinas, em Vila do Conde, para a cidade espanhola de Gijon uma comitiva de familiares, acompanhados por responsáveis da Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Vila do Conde e da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, que vão tratar das necessárias burocracias para a transladação dos corpos.
Ainda assim, os familiares das vítimas temem que o processo possa ser moroso, uma vez que em Espanha desde quinta-feira que muitos serviços estatais estão parados devido às celebrações da Páscoa.
"Falamos apenas com o armador que não soube dizer quando os corpos virão para cá. De momento não temos muitas informações, mas sabemos que será complicado por causa da Páscoa", disse Cristiana Craveiro, nora de António Cascão, uma das vítimas mortais do naufrágio.
A familiar não colocou de parte a hipótese do "corpo do sogro poder chegar apenas na segunda-feira", mas desabafou que "agora resta aguardar informações vindas de Espanha".
Também com poucas certezas do que possa vir acontecer revelou Fátima Maio, esposa de José Novo, outra das vítimas mortais do naufrágio do "Mar Novo".
"Esteve aqui em casa apenas o filho do armador, a dar-nos os sentimentos, mas não soube dizer mais nada sobre quando o corpo virá. As minhas filhas foram hoje para Espanha e vão tentar saber", disse a viúva.
Fátima Maio mostrou confiança que os responsáveis da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia e da Associação Pró-Maior Segurança possam resolver "tudo o mais rápido", mas confessou, emocionada, que não sabe "quando se vai poder fazer o funeral".
Entretanto, os dois sobreviventes portugueses do acidente já tiveram alta hospitalar e ainda hoje devem chegar a Caxinas.
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