Guarda pede "forte músculo financeiro" para reparar prejuízos dos fogos

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse hoje esperar "um forte músculo financeiro" para que os prejuízos com os incêndios possam ser reparados, que no seu concelho são de "muitos milhões de euros".

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Lusa
05/09/2022 16:40 ‧ 05/09/2022 por Lusa

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Câmara da Guard

"Aquilo que nós queremos é que haja uma forte vontade, um forte músculo financeiro para que seja possível fazermos todas estas intervenções que precisam de ser feitas, algumas no curto prazo, outras no médio prazo e outras no longo prazo. É muito importante", disse hoje o autarca.

Sérgio Costa [Movimento Pela Guarda] falava aos jornalistas na Quinta da Taberna, na freguesia de Videmonte, concelho da Guarda, à margem de uma reunião de representantes dos concelhos afetados pelos incêndios no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) com o eurodeputado social-democrata Álvaro Amaro, para preparação de um conjunto de iniciativas no âmbito das instituições europeias para minimizar os prejuízos causados pelas chamas.

Questionado relativamente ao valor dos prejuízos que o incêndio causou no seu concelho, o autarca admitiu que são de "muitos milhões de euros".

No âmbito global da área do PNSE que foi atingida pelas chamas, lembrou que os prejuízos e os custos da reabilitação estão a ser finalizados pela Agência Portuguesa do Ambiente, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, pelos municípios e pelo Ministério da Agricultura.

Advertiu, no entanto, que, olhando para as serras, para os montes e para os vales atingidos pelo fogo, há prejuízos "que ainda não foi possível calcular".

"Nomeadamente quanto vai custar retirar toda esta madeira [queimada] para não apodrecer na terra. Quanto é que custa replantar tudo isto. E quanto é que custa a pegada do carbono, a pegada ecológica, o mercado do carbono que, naturalmente, está associado a tudo isto. E são aqueles prejuízos impossíveis de calcular no curto prazo", explicou.

Sérgio Costa admitiu que os autarcas do PNSE querem transformar o território atingido "para voltar a ser aquilo que era aos mais diversos níveis, da agricultura, das florestas, da pecuária, do turismo".

A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e que foi dado como dominado no dia 13.

O fogo sofreu uma reativação no dia 15 e foi considerado novamente dominado no dia 17 do mesmo mês, à noite.

As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.

No dia 25, o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para o PNSE, afetado desde julho por fogos, conforme pedido pelos autarcas dos territórios atingidos.

A situação de calamidade foi já publicada em Diário da República e vai vigorar pelo período de um ano, para "efeitos de reposição da normalidade na respetiva área geográfica".

Leia Também: Combate a incêndios? Força Aérea realizou 320 horas de voo em agosto

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