Aliança quer promover investigação sino-lusófona sobre os oceanos
Uma nova aliança entre 19 universidades da China e dos países de língua portuguesa quer lançar projetos conjuntos de investigação sobre os oceanos, disse hoje o vice-reitor da Universidade de Macau, Rui Martins.
© Lusa
País Oceanos
O principal objetivo da Aliança de Investigação Científica Oceânica entre a China e os Países de Língua Portuguesa é "reunir especialistas para definir áreas de pesquisa em que se vai tentar obter financiamento para projetos conjuntos", explicou à Lusa o académico português.
Entre a investigação prioritária estará o impacto das "alterações climáticas, que se refletem de forma enorme nos oceanos e na vida marinha", sublinhou o vice-reitor da Universidade de Macau.
A cerimónia de estabelecimento aconteceu na sexta-feira, com mais de 70 representantes das 19 universidades e institutos que fazem parte da aliança, uma iniciativa da Universidade de Macau, disse Rui Martins.
A coordenação da aliança vai ficar a cargo do Centro dos Oceanos Regionais, um instituto de investigação criado pela universidade da região administrativa especial chinesa em 2020, referiu o vice-reitor.
Do lado chinês, a iniciativa reúne dez universidades "de topo nesta área" da China continental, assim como a Universidade de Macau e a Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, disse o português.
A aliança inclui ainda a Universidade Agostinho Neto, em Angola e a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, o Instituto Superior Técnico e a Universidade do Algarve, em Portugal, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio Grande, no Brasil, acrescentou Rui Martins.
"Há muita alta tecnologia disponível em Portugal, no Brasil e também na China", defendeu o vice-reitor da Universidade de Macau.
O Instituto Superior Técnico "desenvolve, no âmbito de projetos europeus, por exemplo, equipamento de robótica marinha, veículos não tripulados que exploram o oceano", lembrou o português.
À cerimónia de lançamento da iniciativa seguiu-se, também através de videoconferência, o primeiro simpósio científico da aliança, com dez académicos da China, Portugal e Brasil a apresentarem a sua pesquisa, disse Rui Martins.
De acordo com grupos ambientalistas, as mudanças climáticas são uma das grandes ameaças aos oceanos, juntamente com a poluição e novas tecnologias que abrem as portas à exploração mineira em alto mar e à pesca mais intensiva.
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