"A quase totalidade da população residente em Portugal tinha anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2, com uma seroprevalência total de 95,8%, de acordo com os dados da 4.ª fase do Inquérito Serológico Nacional da Covid-19 (ISN Covid-19), realizado entre 27 de abril e 8 de junho", revela, esta quinta-feira, um comunicado do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), enviado às redações.
Este valor, é ainda adiantado, "representa um aumento de cerca de 10%" em relação à 3.ª fase do ISN Covid-19 (86,4%, setembro a novembro de 2021).
Os resultados do estudo do INSA mostram que a "seroprevalência total foi mais elevada no grupo etário entre os 20 e os 29 anos (98,6%) e na região Norte (96,8%)", embora "aumentos semelhantes tenham sido observados em todos os grupos etários acima dos 20 anos, inclusive no grupo etário acima dos 70 anos, no qual a seroprevalência estimada foi de 97,2%".
Já nos grupos etários abaixo dos 10 anos foram onde se observaram "seroprevalências mais reduzidas (76,2% entre os 0-4 anos e 78,7% entre os 5-9 anos)". Abaixo dos 20 anos, contudo, "observou-se um maior aumento da seroprevalência em relação à 3ª fase do ISN Covid-19".
Estes valores, aponta o INSA, "traduzem, sobretudo, a elevada incidência de Covid-19 na população infantil, em especial durante a vaga Omicron, em janeiro de 2022".
Quanto a anticorpos, os níveis foram "mais elevados no grupo etário dos 50-59 anos e mais baixos nos grupos abaixo dos 10 anos de idade", o que indica que "os indivíduos, simultaneamente, vacinados e que tiveram uma infeção por SARS-CoV-2 se mantêm como aqueles com níveis mais elevados de anticorpos". O mesmo já se tinha observado na segunda e terceira fases do ISN Covid-19.
Tendo em conta os dados, o Instituto Doutor Ricardo Jorge vinca que estes "corroboram as atuais recomendações de vacinação em Portugal, isto é, a necessidade de cumprir os esquemas vacinais em todas as idades e independentemente de ocorrência de infeção anterior e a realização de segunda dose de reforço nos grupos mais velhos e vulneráveis".
Média diária de casos atinge valor mais baixo anual em Portugal
A média de infeções pelo coronavírus que provoca a Covid-19 desceu em Portugal para os 2.468 casos diários, o valor mais baixo registado este ano, indicam os dados do Instituto Ricardo Jorge (INSA) esta quarta-feira divulgados.
Segundo o relatório semanal do INSA sobre a evolução da Covid-19, o número médio de casos diários de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 a cinco dias voltou a baixar dos 2.527 para os 2.468 a nível nacional, sendo ligeiramente mais reduzido no continente (2.294).
Esta média de 2.468 contágios diários é a mais baixa registada durante 2022, ano que começou com valores elevados que chegaram aos 49.795 casos diários notificados no final de janeiro.
[Notícia atualizada às 12h00]
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