A informação foi divulgada no site da autarquia no dia 27 de setembro, a três dias da data limite estipulada pela CMA para que alguns moradores saíssem das habitações que se encontram junto a uma vala de drenagem de águas pluviais que corre o risco de colapso.
Num dos dois despachos sobre a matéria, a autarquia explica que é declarada situação de alerta e ativado o Plano Municipal de Proteção Civil face à situação de risco existente no troco final da vala que termina no 2.º Torrão.
Este risco, adianta o executivo camarário no despacho, consta nos relatórios técnicos elaborados pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada, assim como pelas avaliações de riscos do Serviço Municipal de Proteção Civil.
As referidas avaliações, salienta a CMA, identificam o início do ano hidrológico como data para o realojamento dos habitantes das construções localizadas sobre o túnel de descarga da vala, e que, "desde que foi identificado o risco, os serviços municipais do departamento de habitação iniciaram o processo de realojamento dos agregados familiares identificados, que ainda decorre".
Segundo a autarquia, com a entrada do ano hidrológico, aumenta a probabilidade de ocorrência de períodos de precipitação intensa, agitação marítima e de fenómenos meteorológicos extremos, provocando um aumento significativo do risco presente.
Com a ativação do plano municipal é criada uma sala de situação municipal que funcionará no edifício da Junta de Freguesia, na Trafaria, permitindo centralizar e tratar toda a informação operacional relevante para a gestão do plano, de articulação entre todos os serviços envolvidos e as solicitações dos vários agentes de proteção civil e entidades colaborantes.
O 2.º Torrão, na freguesia da Trafaria, é um bairro precário do concelho de Almada, distrito de Setúbal, com mais de três mil pessoas, que há cerca de 40 anos se começou a formar ilegalmente, uma condição que se mantém, assim como as carências habitacionais, a falta de luz, de esgotos ou de limpeza nas ruas.
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