Os elementos das forças e serviços de segurança pretendem com esta vigília em Belém apelar ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para que exerça o seu poder de influência junto do Governo no sentido da alteração dos vencimentos, disse à Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP), César Nogueira.
A realização da vigília foi decidida hoje durante uma reunião, no Porto, da CPP dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança.
César Nogueira avançou que a questão dos salários é transversal a todas as polícias, que exigem por isso que o Orçamento do Estado (OE) para 2023 contemple verbas para atualizar os vencimentos das forças e serviços de segurança.
"A questão dos vencimentos é a principal e a que afeta todas as polícias", disse, dando como exemplo a GNR, em que desde 2009 não há uma alteração da tabela remuneratória, e a PSP, que desde 2015 não vê aumentos salariais.
Os polícias admitem mais ações de protestos em conjunto, estando já decidida a realização de uma manifestação junto à Assembleia da República, em Lisboa, durante a discussão do OE, caso não contemple aumentos salariais para as forças e serviços de segurança, disse César Nogueira.
O secretário nacional da CPP disse ainda que estes protestos em conjunto são independentes das iniciativas que cada estrutura vai realizar individualmente, como é o caso da Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e do sindicato dos guardas prisionais, que têm ações marcadas.
Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.
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