Em comunicado enviado à Lusa, o ministério com a tutela do Ensino Superior salientou que Adriano Moreira "enquanto professor catedrático dedicou grande parte da sua carreira ao estudo, ensino e investigação nas áreas da Política Internacional, do Direito, da Ciência Política e das Relações Internacionais".
"O seu contributo foi também fundamental para diversas instituições académicas e científicas que fundou, renovou ou ajudou a desenvolver", apontando que o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa "está intimamente ligado" a Adriano Moreira.
Entende o ministério que "a vida do Professor Adriano Moreira é indissociável da História Portuguesa do último século, representando uma perda irreparável para o país. Perdurará a memória do académico e do cidadão ímpar".
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu ainda que Adriano Moreira foi presidente honorário da Sociedade de Geografia e da Academia de Ciências de Lisboa, na qual dirigia, atualmente, o Instituto de Altos Estudos.
Adriano Moreira recebeu o título Doutor Honoris Causa por parte de diversas universidades portuguesas e estrangeiras, sendo de realçar o recentemente atribuído pelo Instituto Universitário Militar e presidiu ao Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior e ao Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa, de entre muitos outros cargos desempenhados no interior da academia.
Já a Marinha Portuguesa, numa publicação na rede social Twitter, lembrou que Adriano Moreira "durante décadas lecionou as várias gerações de militares da Marinha Portuguesa e foi sobretudo um pensador de Portugal".
O antigo presidente do CDS morreu hoje aos 100 anos, confirmou à Lusa fonte do partido.
Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já na democracia, mantendo sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.
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