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Mais de cem estudantes pernoitam contra os combustíveis fósseis

O movimento 'Fim ao Fóssil: Ocupa!' levou mais de uma centena de estudantes a pernoitar em seis estabelecimentos de ensino, exigindo o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão de António Costa e Silva. Protesto pretende seguir até sexta-feira.

Mais de cem estudantes pernoitam contra os combustíveis fósseis
Notícias ao Minuto

11:33 - 08/11/22 por José Miguel Pires

País Clima

O movimento Fim ao Fóssil: Ocupa! aterrou, entre segunda-feira e terça-feira, em seis estabelecimentos de ensino lisboetas, para exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão de António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar. Depois de um dia de palestras, debates e ações de protesto, mais de uma centena de estudantes pernoitaram nestes locais, onde se pretendem manter até sexta-feira.

“O compromisso das estudantes nas várias ocupações é claro. Ocupar até vencer é uma frase gritada regularmente nos corredores de algumas escolas. Estão prontas para ficar até serem ouvidas”, pode-se ler em comunicado do movimento, que marcou presença na Escola Artística António Arroio, na Escola Secundária Camões, nas Faculdades de Ciências e de Letras da Universidade de Lisboa, no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA.

“Não há nenhum camoniano [estudante da Escola Secundária Camões] que não possa dizer que ontem, dia 7 de novembro, foi uma vitória”, declarou Clara Pestana, porta-voz do núcleo no liceu lisboeta, onde, relata o movimento, “dezenas de estudantes encheram o pátio, os corredores, as salas improvisadas dentro de contentores”, acabando por lá pernoitar mais de 60 estudantes.

Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o movimento acusa o uso de "força excessiva" por parte de "seguranças privados". "A escadaria dentro da entrada principal esteve ocupada durante várias horas. Ao tentarem assegurar um espaço para pernoitar, a ocupar um auditório, estudantes foram impedidas pelos seguranças privados, que utilizaram força excessiva para travar este avanço, agarrando em pescoços de ativistas", acusam.

O movimento - organizado pela Greve Climática Estudantil, em coro com um protesto internacional semelhante que já chegou aos Estados Unidos, Alemanha e Espanha - pretende manter-se nas escolas e faculdades até sexta-feira, em paralelo com a cimeira da COP27, que decorre no Egito.

Leia Também: Professores apoiam movimento de ocupações pacíficas de escolas pelo clima

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