Forças Armadas criticam resposta do Governo "injusta e desequilibrada"
Associação de Oficiais das Forças Armadas acusou Ministério da Defesa Nacional de não dignificar as Forças Armadas.
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País AOFA
A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) respondeu à leitura do Ministério da Defesa Nacional sobre a reunião com parte das associações profissionais militares para discutir a valorização salarial do setor, mostrando-se insatisfeita e acusando o Ministério de "não dignificar as Forças Armadas".
"Após reunião com parte das associações profissionais militares sobre a valorização salarial na Defesa Nacional, em nota à comunicação social, de 8 de novembro de 2022, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) declara que apresentou «uma resposta justa e equilibrada» à Associação de Oficiais das Forças Armadas e à Associação de Praças com quem reuniu", começa por explica a AOFA em comunicado, antes de passar ao ataque: "[O MDN] Olvida na sua comunicação que esta atualização salarial decorre exclusivamente da atualização dos valores da Tabela Remuneratória Única, aos quais os vencimentos das Forças Armadas estão diretamente vinculados".
Refere-se a AOFA aos aumentos mensais entre 52 euros e 104 euros, a que acrescem o suplemento de condição militar, anunciados pelo Ministério, que fala em valorizações salariais que ascendem aos 11% para níveis remuneratórios mais baixos e se situam nos 2% para níveis remuneratórios mais altos, e que diz ter dado uma resposta "justa e equilibrada".
"Querendo dar a ideia de que os militares terão um aumento salarial muito elevado, o Ministério da Defesa Nacional, esconde que os aumentos referidos são valores brutos, sem a aplicação de impostos, sobre salários já muito depreciados por mais de 13 anos de inflação, aumento de impostos, e de outras", acusa a AOFA, que classifica como "conversa fiada" as "promessas de avaliação de medidas que permitam valorizar as carreiras da Defesa Nacional".
"Compete asseverar, deste modo, que o que foi transmitido como caso encerrado, uma vez que as associações profissionais militares não foram chamadas a discutir e negociar as matérias salariais que lhes dizem respeito, configura-se antes como uma resposta injusta e desequilibrada aos seus anseios e justas expectativas salariais", conclui a associação.
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