Tribunal absolve acusado de atear fogo florestal
O Tribunal de Sever do Vouga absolveu hoje um homem que estava acusado de ter ateado, em agosto de 2012, um incêndio florestal em Lourizela, que colocou em risco uma casa e um curral.
© Reuters
País Sever do Vouga
Apesar de ter concluído que o incêndio não resultou de fatores de ordem natural, o coletivo de juízes ficou com "muitas dúvidas" de que tenha sido o soldador, de 42 anos, a fazer deflagrar o fogo.
"A prova produzida não se revelou suficiente para dar como provado que foi o arguido que ateou o incêndio", disse a juíza presidente, durante a leitura do acórdão.
A magistrada referiu, contudo, que o acusado teve comportamentos que justificaram as suspeitas dos populares, ao usar expressões como "se tenho a fama de incendiário um dia vou ter o proveito" ou "deixa arder, porque não arde nada que é meu".
"Essas suspeitas acabaram por não ser confirmadas em tribunal. Para a próxima vai ter de ter mais cuidado com aquilo que anda para aí a dizer", avisou a juíza.
Assim, o tribunal decidiu absolver o suspeito de um crime de incêndio florestal de que estava acusado.
Durante o julgamento, o arguido negou ter sido o autor dos factos descritos na acusação.
Segundo a acusação do Ministério Público, o arguido ateou fogo a um terreno situado próximo da sua residência, por razões não concretamente apuradas mas relacionadas com desavenças com vizinhos, colocando em sério risco todas as propriedades circundantes.
"O fogo alastrou-se com intensidade e rapidez aos terrenos e só não atingiu um curral e uma casa devido à pronta intervenção dos populares e dos bombeiros", refere o despacho de acusação.
O incêndio, que deflagrou por volta das 13:00, demorou cerca de cinco horas a ser dado como extinto e foi combatido por cerca de 20 homens apoiados por cinco viaturas e um helicóptero.
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