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SNS? "Não podemos ter a lotaria de sermos bem atendidos aqui e não ali"

"Temos de melhorar a gestão do Serviço Nacional de Saúde", augurou o primeiro-ministro.

SNS? "Não podemos ter a lotaria de sermos bem atendidos aqui e não ali"
Notícias ao Minuto

16:01 - 12/12/22 por José Miguel Pires

País SNS

Em Lisboa, desde a sede do Infarmed, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu ser necessário "melhorar a gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", realçando que a aprovação do Estatuto do SNS "é uma reforma fundamental" no setor da Saúde em Portugal.

Para tal, no entanto, é necessário que o SNS seja "equitativo" no acesso, pediu o primeiro-ministro na tomada de posse da direção executiva do SNS.

"Não podemos ter a lotaria de sermos bem atendidos e em prontidão se vivermos aqui, e não se vivermos ali", disse, referindo, em forma de metáfora, que, se o SNS é "uma floresta", é preciso "olhar para a floresta", e "não há floresta sem árvores", pelo que é preciso olhar para cada árvore de forma individual.

"Temos de garantir a confiança do cidadão de que, independentemente de onde resida, tem acesso equitativo ao SNS". alertou Costa, que considera este como "o melhor fruto da vivência democrática" em Portugal.

A criação da direção executiva do SNS é, para o primeiro-ministro, fundamental "para a fixação e motivação dos profissionais", sendo "da maior importância, porque complementa o reforço da autonomia".

Também é fundamental, no entanto, que a mesma autonomia seja "complementada com a noção de que o SNS é uma rede, de forma a garantir que somos mesmo SNS 365 dias por ano e as 24 horas por dia".

Os portugueses pedem ao SNS, defendeu António Costa, que "na normalidade da não pandemia, tenha a excecionalidade que revelou ter no momento de maior tensão da pandemia". Uma "prova de esforço permanente" e, ao mesmo tempo, "muito exigente para todos" e "um enorme sinal da evolução civilizacional da sociedade onde vivemos".

"Aquilo que antigamente era aceitável, hoje não é mais aceitável, e esse aumento do padrão de exigência é o maior ganho que hoje temos e que temos de saber preservar. É duro, é exigente, mas estou certo que a confiança que não só o Governo mas o conjunto dos portugueses depositam na equipa da direção executiva não será frustrada", concluiu o primeiro-ministro.

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