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"Retrocesso". PCP reprova fecho alternado da maternidade do Barreiro

Para o partido, esta opção é apenas "um remendo" que não procura resolver "os graves e profundos problemas do SNS".

"Retrocesso". PCP reprova fecho alternado da maternidade do Barreiro
Notícias ao Minuto

12:43 - 28/12/22 por Notícias ao Minuto

País Maternidades

O PCP reprovou o encerramento da maternidade do Hospital do Barreiro durante a época festiva e vê com "preocupação" o "estabelecimento de um regime de alternância para o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM) até março de 2023".

No Twitter, o partido sublinhou que o regime de alternância "constitui um grave retrocesso no acesso aos cuidados de saúde maternos e obstétricos, das mulheres grávidas, recém-nascidos e das suas famílias".

De acordo com o PCP, "o número de especialistas em ginecologia/obstetrícia está muito aquém das necessidades, particularmente, na região de Setúbal, o recurso a horas extraordinárias, assim como a sobrecarga dos serviços de urgências esgotam a capacidade de resposta a outras tarefas necessárias".

Assim sendo, segundo o partido, "é preocupante que o Governo e o ministério da Saúde considerem que a rotatividade dos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia, entre o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, o Hospital Garcia de Horta e o Centro Hospitalar de Setúbal, garante maior segurança para as mulheres grávidas e suas famílias".

"A partilha de recursos já parcos e insuficientes, numa área de influência tão vasta e populosa, redundará numa ainda maior sobrecarga dos profissionais de saúde e no agravar da situação de fragilidade das mulheres e suas famílias", realçam os comunistas, acrescentando que esta opção se trata apenas de um "remedeio" que não procura resolver "os graves e profundos problemas do SNS, mas, sim, tornar provisoriamente permanente uma decisão que vem contribuir para o desmantelamento de uma valência tão importante para as populações".

Para o PCP é importante é que se reforce o Serviço Nacional de Saúde, "através de um investimento sério e efetivo nas suas valências, que passa pela contratação de mais profissionais da área da saúde, bem como pela valorização das suas carreiras".

Leia Também: Fechar maternidades? "Está em causa o princípio do fim do SNS"

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