O hospital de Faro recusou atender uma criança, em plena crise asmática, na urgência geral, num momento em que a urgência pediátrica estava encerrada. O caso levou mesmo o centro hospitalar universitário do Algarve a estabelecer normas escritas sobre os procedimentos a ter nos períodos de encerramento das urgências pediátricas.
De acordo com a SIC Notícias, as regras passaram para o papel depois de Vera ter levado a filha de nove anos, na semana passada, àquela unidade hospitalar, a 42 km de onde vive, em Tavira, e ter-se deparado com a urgência pediátrica de portas fechadas.
A criança, que já estava há três dias com tosse, febre e dores, já tinha estado internada três vezes naquele hospital nos últimos meses mas, naquele dia, a unidade recusou-se a atender Clara e recomendou à mãe que seguisse para Portimão por meios próprios ou que chamasse o INEM.
Grávida de 20 meses, Vera contactou o INEM e Clara acabou por ser estabilizada no centro de saúde de Loulé. Quatro horas depois, a criança seguiu de ambulância para Portimão, onde acabou por ficar internada.
Em resposta à estação televisiva, o centro hospitalar universitário do Algarve admite que teria sido sensato que a menina fosse vista na urgência geral e que até havia orientações verbais aos serviços para que casos graves fossem atendidos.
Na sequência deste caso, o diretor clínico emitiu as normas por escrito, no dia de Natal, com indicações sobre os procedimentos a seguir em caso de encerramento das urgências pediátricas. Casos urgentes serão observados na urgência geral e, no caso de pulseira vermelha, deverá de imediato ser acionada a equipa de emergência interna do hospital.
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