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Medina nas Finanças? "Evidentemente que sim", afirma Costa

O primeiro-ministro afirmou hoje que o ministro das Finanças tem "evidentemente" condições para se manter no Governo, respondendo às críticas do PSD com os resultados de Fernando Medina, e assegurou que nunca teve medo de ir a eleições.

Medina nas Finanças? "Evidentemente que sim", afirma Costa
Notícias ao Minuto

17:06 - 05/01/23 por Lusa

País AR/Censura

No debate da moção de censura da Iniciativa Liberal ao Governo, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, acusou o executivo liderado por António Costa de se estar a "desfazer e em processo de ruir".

"Os portugueses confiaram em si para governar sozinho e receberam empobrecimento e instabilidade. Instabilidade porque deu a prenda de Natal que os portugueses não queriam nem mereciam: uma crise governativa", acusou.

Miranda Sarmento insistiu nas críticas que o PSD tem feito ao ministro das Finanças, Fernando Medina, a quem acusa de ter perdido autoridade política, após ter nomeado para secretária de Estado do Tesouro (entretanto demitida) Alexandra Reis, que meses antes tinha recebido meio milhão de euros para sair da TAP antecipadamente.

"Que autoridade política tem o seu ministro das Finanças, como confiar nele para garantir uma boa gestão e controlo dos dinheiros públicos? Ter um ministro das Finanças incompetente, leviano e irresponsável pode acontecer, é uma má escolha, mas mantê-lo em funções tem um único responsável", disse, referindo-se a António Costa.

O líder da bancada do PSD deixou ainda um conselho ao primeiro-ministro: "Ou muda de vida, ou vão ser os portugueses a mudar de Governo".

Na resposta, Costa disse que "faz este ano 30 anos" que pela primeira vez foi a eleições, que perdeu então.

"Depois já dei várias vezes a cara em eleições, umas vezes ganhei, outras perdi. Agradeço o conselho, nunca tive medo de dar a cara para ir a eleições, o senhor já deu alguma vez?", questionou.

Quanto à pergunta se considera que Medina tem condições para se manter no Governo, o primeiro-ministro foi categórico: "Evidentemente que sim, senão o que estava a fazer aqui sentado na bancada do Governo?".

E acrescentou que "uma boa razão" para os portugueses continuarem a confiar no ministro das Finanças é ter entrado em funções a meio de 2022, num cenário de guerra, crise inflacionista e imprevisibilidade, e ter chegado ao final do ano com uma redução da dívida e do défice abaixo do previsto.

"Foram estes resultados que este ministro das Finanças e este Governo conseguiram no ano passado", defendeu.

António Costa admitiu que se vivem "tempos muito difíceis" e considerou normal que "quem chegou agora à liderança da bancada [do PSD] tenha medo destas dificuldades".

"Eu tenho receio das dificuldades, mas estas não são para mim uma novidade", disse, elencando problemas como a pandemia e a guerra da Ucrânia e vitórias como a retirada do país do procedimento por défice excessivo, em 2017, o que mereceu um pedido de interpelação por parte da bancada do PSD.

Miranda Sarmento pediu que fosse distribuído um documento a atestar que o início desse procedimento aconteceu em 2008, "com um Governo do PS de José Sócrates", tendo Costa respondido que era ele o primeiro-ministro quando fechou esse procedimento em 2017.

"Em 2008, estava eu a tirar a Câmara Municipal de Lisboa da bancarrota em que a direita a tinha deixado", acrescentou.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, está hoje presente no parlamento a assistir ao debate da moção de censura no grupo parlamentar social-democrata.

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