Costa promete atenção às pensões, sem dar "passo maior do que a perna"
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o Governo "estará sempre ao lado" dos pensionistas e não dará "um passo maior do que a perna" no que toca a aumentos que obriguem a cortes no futuro.
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País AR/Censura
"Há uma coisa que garanto: não prometeremos aos pensionistas o que não pudermos fazer", afirmou o chefe de Governo numa resposta ao PSD durante o debate da moção de censura ao Governo, na Assembleia da República.
O primeiro-ministro destacou "a relação de confiança" que o Governo tem "construído com todos os pensionistas".
"Desde que repusemos os cortes do PSD nas pensões, desde que aumentámos todos os anos as pensões, desde que fizemos seis aumentos extraordinários de pensões, desde que fizemos mais estes aumentos extraordinários o ano passado, há uma coisa que os pensionistas sabem, é que este Governo estará sempre ao lado deles e nunca daremos um passo maior do que a perna para tirar amanhã aquilo que estamos a entregar hoje", assegurou.
António Costa recusou que o Governo esteja a tirar "mil milhões de euros aos pensionistas", como acusou o PSD, sustentando que, "entre o apoio extraordinário e o apoio deste ano, ninguém receberá até 31 de dezembro menos do que tinha direito a receber de acordo com a fórmula da lei".
Quanto ao próximo ano, o primeiro-ministro disse que é preciso esperar para "saber qual vai ser o aumento".
O primeiro-ministro respondia à deputada Clara Marques Mendes, do PSD, que diagnosticou uma "grave crise social" no país e classificou as respostas do Governo como "manifestamente insuficientes".
Acusando o executivo de estar "marcado pelo empobrecimento" e de ter aplicado um "corte de mil milhões de euros nas pensões", a social-democrata alertou que serão "os mais frágeis, os mais vulneráveis" aqueles que "vão continuar a sofrer mais com esta crise".
Na resposta, o primeiro-ministro elencou as medidas de apoio que o Governo tem adotado desde o início da crise inflacionista e contrapôs que o PSD propôs "um vale alimentar de 40 euros a pagar até dezembro do ano passado".
Noutra intervenção, o deputado Hugo Carneiro, do PSD, voltou ao caso da ex-secretária de Estado Alexandra Reis, afirmando que "é impossível" que o ministro das Finanças "desconhecesse o seu passado milionário relacionado com a administração da TAP ou a sua passagem pela TAP" quando a convidou para integrar a sua equipa.
"Era competência do Ministério das Finanças saber o que empresas que dependem dos Ministério das Finanças andam a pagar", salientou igualmente o social-democrata, defendendo que ainda há esclarecimentos que têm de ser dados e acusando Fernando Medina de se "esconder atrás dos biombos da maioria absoluta".
E criticou que "houve inaptidão, houve ausência de escrutínio na escolha desta pessoa, e isto coloca em causa a autoridade política do ministro das Finanças", questionando Costa "se acha mesmo que perante o 'Tapgate' o ministro tem condições para continuar" no Governo.
Na resposta, o primeiro-ministro assinalou apenas que o ministro das Finanças, Fernando Medina, vai prestar explicações ao parlamento na sexta-feira, na Comissão de Orçamento e Finanças, na sequência do requerimento potestativo do PSD, informação que já tinha sido divulgada pela Assembleia da República.
Antes, a deputada Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, tinha criticado o "plano rotativo" para as maternidades durante o Natal e o Ano Novo, acusando o Governo de não ter "capacidade de assegurar tranquilidade e segurança as grávidas".
Às críticas da IL, o primeiro-ministro respondeu que entre 23 e 26 de dezembro "nasceram em segurança 366 bebés" e entre 30 de dezembro e 02 de janeiro "nasceram em segurança 483 bebés" em Portugal.
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