Medina? De uma investigação até às conclusões "vai uma distância"
O Presidente da República afirmou hoje, ao ser questionado se o ministro das Finanças tem condições para se manter em funções, que de uma investigação até às suas conclusões e consequências "vai uma distância".
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
"O facto de haver qualquer tipo de investigação ou de procedimento ou de indagação sobre alguém é isso apenas, ponto. Deve haver imensas pessoas com responsabilidades públicas aos vários níveis que estão objeto dessa investigação. Daí retirar como consequência de que a investigação chega a uma conclusão e que essa conclusão é de molde a provocar um determinado tipo de atitude vai uma distância", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, a propósito da notícia da TVI/CNN Portugal de que a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara Municipal de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, atual ministro das Finanças.
Interrogado, antes, se não há já demasiados casos a envolver o nome do ministro das Finanças, o Presidente da República respondeu: "Eu não sei o que é demasiados casos. Ainda hoje há órgãos de informação que fazem uma lista enorme do que se chama portas rotativas, cargos e cargos e cargos e tal, mostrando que verdadeiramente se trata de uma realidade muito antiga nas democracias e também na democracia portuguesa, só que a atenção da opinião pública não é a mesma".
"Portanto, é natural, faz parte da transparência da democracia. Se há dúvidas, que se levantem as dúvidas, que se esclareça: não há de ilegal ou de incorreto ou irregular, ponto final, parágrafo", acrescentou.
A TVI/CNN Portugal noticiou na quarta-feira à noite que a Polícia Judiciária realizou na terça-feira buscas na Câmara Municipal de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" numa nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, atual ministro das Finanças.
A Câmara Municipal de Lisboa confirmou à agência Lusa a realização de buscas no departamento de Urbanismo da autarquia, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.
Leia Também: Professores? Marcelo fala em "mérito" e espera que "diálogo continue"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com