"Governo deve encontrar solução que conforte expetativas dos professores"

O ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos, referiu ainda, na quinta-feira, que "é importante ter um ambiente mobilizador e que tenha os professores como uma classe empenhada e dedicada no ensino porque é a maior aposta que o Governo pode fazer no futuro".

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Notícias ao Minuto
20/01/2023 08:38 ‧ 20/01/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Greve dos professores

O ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos analisou o debate parlamentar de quinta-feira com o ministro da Educação, João Costa, a propósito da greve dos professores e das negociações em curso entre o Ministério e os sindicatos do setor.

Segundo Teixeira dos Santos, "o Ministério das Finanças tem uma função decisiva no Governo de controlar a evolução da defesa e assegurar robustez da finanças públicas".

"Não quer dizer que não possa haver margem de negociação e de poder ir de encontro a alguma reivindicações sem criar problemas sérios nas finanças públicas", explicou o antigo ministro, sublinhando que "há áreas de despesa permanente que devem ser racionalizadas e ir de encontro a algumas destas reivindicações".

De acordo com Teixeira dos Santos, é verdade que "todo o serviço foi sujeito a congelamento, não foi unicamente na classe dos professores", acrescentando que há "outras, como magistrados judiciais ou oficias de justiça, como a GNR, que tem o mesmo tipo de reivindicação".

Assim, "ir de encontro a esta reivindicação obrigaria a ter uma solução semelhante a outras carreiras com implicações financeiras de maior custo", podendo traduzir, segundo o ex-ministro, "uma ameaça ao equilíbrio das contas publicas se for inteiramente satisfeita".

"O Governo deve encontrar um espaço de negociação e uma solução gradual que conforte as expetativas dos professores", completou.

Segundo Teixeira dos Santos, "é importante ter um ambiente mobilizador e que tenha os professores como uma classe empenhada e dedicada no ensino porque é a maior aposta que o Governo pode fazer no futuro".

As negociações entre o Governo e as organizações sindicais do setor sobre o regime de concursos de professores prosseguem esta sexta-feira, com duas reuniões durante a manhã, estando também marcado um protesto em frente ao Ministério da Educação.

Os professores contestam algumas das propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de mobilidade e recrutamento de pessoal docente, mas reivindicam também soluções para problemas mais antigos, relacionados com a carreira docente, condições de trabalho e salariais.

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