A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta terça-feira, em Lisboa, um homem suspeito de ter planeado um atentado contra o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A notícia foi avançada pela CNN Portugal e entretanto já confirmada pelo órgão de polícia criminal.
O homem, que é considerado perigoso e tem antecedentes por crimes violentos, está na origem das ameaças dirigidas ao Presidente em outubro.
Recorde-se que, na altura, o Correio da Manhã noticiou que Marcelo Rebelo de Sousa, que não se encontrava em Belém, recebeu uma carta anónima com uma bala dentro, um telemóvel e um pedido de um milhão de euros que deveria ser enviado para uma conta bancária discriminada na missiva. O caso foi imediatamente entregue à PJ que, agora, conseguiu chegar ao suspeito.
Em comunicado, a PJ confirmou a detenção do homem, que é suspeito da prática dos crimes de coação agravada, de extorsão na forma tentada e de detenção de arma proibida.
"Os factos em apreço remontam ao passado dia 26 de outubro, através de carta dirigida pelo suspeito a Sua Excelência o Presidente da República, com ameaças de morte e tentativa de extorsão, contendo no seu interior uma munição de arma de fogo", lê-se.
Uma investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo, "permitiu chegar à identificação do presumível autor" dos crimes, "tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova".
O suspeito, possuidor de vastos antecedentes criminais, será sujeito a primeiro interrogatório judicial tendo em vista a aplicação de medidas de coação.
Sublinhe-se que, quando o caso foi conhecido, Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou a situação, destacando ter recebido mais "ameaças" quando tinha programas de televisão.
Entretanto, o Presidente da República já reagiu e mostrou "respeito" pelas autoridades. "Eu desvalorizei, mas claro, respeito as intervenções das autoridades competentes", disse Marcelo, em declarações aos jornalistas, esta terça-feira.
[Notícia atualizada às 12h36]
Leia Também: STOP desafia Marcelo a pronunciar-se sobre "degradação" da escola pública