O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Filipe Anacoreta Correia, apresenta o Plano e Investimento da 16.ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que é da responsabilidade do município.
O autarca explica, em conferência de imprensa, o que a CML está a desenvolver a propósito deste evento, porque considera importante que toda a população e munícipes "estejam informados e conscientes" do que vai ser feito.
"Em primeiro lugar, ter a noção que, desde a primeira JMJ, e houve apenas 15, este é um evento de grande dimensão, de grande mobilização, a reunião de um conjunto muito emocionante de pessoas jovens. Em 2019, o Papa anunciou que Lisboa era a capital escolhida. Em 2021, este Executivo ganhou as eleições e assumiu este dossier com grande empenho e com noção da importância desta candidatura que já tinha quase três anos de estrada", começou por dizer Filipe Anacoreta Correia.
O evento, que se vai realizar entre os dias 1 e 6 de agosto deste ano, vai aglomerar cerca de "um milhão de pessoas" e terá vários "grandes momentos", como destaca o vice-presidente da autarquia.
"O que foi pedido à CML é que tratasse da estrutura do palco onde o Papa estará [o altar-palco]. A zona escolhida era um aterro, uma zona menor da cidade da Lisboa. Ao perspectivar-se para aqui o evento foi desafiante, criar toda a infraestrutura de uma área que corresponde a 38 campos de futebol, que é transformada de aterro a parque", sublinha.
Anacoreta Correia revela que foi ainda encontrado um novo espaço, o Parque Eduardo VII, como abertura do evento - onde vai ocorrer uma cerimónia presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa - e para receber o Papa Francisco na cidade de Lisboa.
“O acolhimento/recebimento do Papa é um momento da própria afirmação de Lisboa, porque vai ser no centro da cidade, as imagens para o mundo vão ser do centro da cidade. E depois, uma via sacra que vai decorrer na véspera do grande momento, que terá lugar no sábado e domingo”.
O autarca destaca ainda que a JMJ terá um cartaz com “muitos artistas portugueses”, cujos nomes não quis divulgar para não se antecipar à divulgação do cartaz.
Recorde-se que o presidente da CML, Carlos Moedas, disse ontem que sabia que a construção do altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ia ficar muito cara, indicando que será realizada com as especificações da Igreja.
Esta observação do autarca surge depois de ter vindo a público que a obra de construção do altar-palco onde o Papa Francisco vai celebrar a missa vai custar 4,2 milhões de euros à Câmara de Lisboa, por ajuste direto.
Segundo a informação disponibilizada no Portal Base da contratação pública, "a construção foi adjudicada por 4,24 milhões de euros (mais IVA)", somando-se a esse valor "1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura".
"Queremos que esse palco, essa infraestrutura, fique para o futuro e que muitas dessas infraestruturas fiquem para o futuro. Eu sabia que isto ia ser muito caro, que era um investimento muito grande para a cidade", indicou Moedas.
A Jornada Mundial da Juventude é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre julho e agosto.
Lisboa foi a cidade escolhida em 2019 para acolher o encontro de 2022, que transitou para 2023 devido à pandemia de Covid-19.
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