Pescado capturado na Madeira baixou 9,2% e abate de gado aumentou 6,2%
O pescado capturado na Madeira em 2022 registou um decréscimo de 9,2% face ao ano anterior, mas a produção de ovos e o abate de gado sinalizaram aumentos de 6,9% e 6,2%, indicou hoje a Direção Regional de Estatística (DREM).
© Lusa
País 2022
Os dados referentes ao setor da pesca apontam para um total de 4,7 mil toneladas de pescado capturado, menos 9,2% do que em 2021, porém o valor da primeira venda subiu 10,5%, com o acumulado anual a rondar os 15,6 milhões de euros.
"A evolução nas quantidades resultou fundamentalmente do decréscimo nas capturas de atum e similares (-31,3%), embora as quantidades de chicharro e de outras espécies também tivessem diminuído 6,3% e 12,4%, respetivamente", esclarece a DREM em comunicado, adiantando que as capturas de peixe-espada preto registaram um aumento de 20,6% relativamente ao ano anterior.
O peixe-espada preto foi a espécie mais abundante em 2022, totalizando 2,3 mil toneladas (48,0% do total de pesca descarregada), seguido do atum e similares, que atingiu um total de 1,9 mil toneladas (40,9%).
De acordo com a DREM, em termos de receita na primeira venda, o peixe-espada preto registou um aumento significativo de 34,8% face a 2021, totalizando 7,5 milhões de euros, enquanto o atum e similares diminuiu 7,8%, para um valor de 6,2 milhões de euros.
Em 2022, o preço médio de pescado apurado na primeira venda (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) cresceu 22,3% para 3,37 euros (2,75 euros em 2021), atingindo no caso do peixe-espada preto os 3,39 euros (3,02 euros em 2021) e no do atum e similares os 3,26 euros (2,43 euros em 2021).
Em relação à atividade da avicultura industrial, os dados apurados pela Direção Regional de Estatística da Madeira indicam que a produção de ovos em 2022 foi de 24,7 milhões de unidades, aumentando 6,9% face ao ano anterior.
Tendência idêntica foi registada no abate de frango, cujo volume rondou as 3,3 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 2,4% comparativamente a 2021.
Por outro lado, o abate de gado totalizou 1.023,8 toneladas, crescendo 6,2% face ao ano precedente.
"Este aumento deveu-se ao crescimento observado no abate dos bovinos (+7,1%), já que o abate de suínos registou uma quebra de 6,6%", refere a DREM, sublinhando que a espécie que mais contribuiu para o total de gado abatido foi a raça bovina (93,8% do total).
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